Pacheco defende mudanças na vinculação de despesas públicas à valorização do salário mínimo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, nesta quarta-feira (13), mudanças na vinculação do crescimento das despesas públicas às regras de valorização do salário mínimo e afirmou que o Congresso Nacional está engajado em discutir os gastos públicos.
Pacheco se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta, no Palácio do Planalto, junto com o líder interino do governo, senador Otto Alencar (PSD-BA), e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o favorito para voltar à presidência do Senado.
A declaração ocorreu em evento do Grupo Lide, em Brasília, no começo da manhã. Pressões sobre as contas públicas estão em debate em reuniões do governo federal que tentam fechar um pacote de corte de gastos para equilibrar as contas.
"O mesmo engajamento que o Congresso Nacional do Brasil teve em reformas importantes e estruturantes [...] será o engajamento para a discussão dos gastos públicos no Brasil. Seja para sua qualificação, seja para aquilo que se apelidou dizer cortes em relação a gastos e eu considero que é absolutamente legítimo defender cortes de gastos que se constituam privilégios, desperdícios, sobreposição de funções de modo que nós estamos absolutamente imbuídos desse propósito."
O senador também defendeu a valorização do salário mínimo, mas afirmou ser necessário que as despesas públicas cresçam em ritmo menor. Segundo ele, "não pode haver um crescimento parametrizado a partir da valorização do salário mínimo".
"Há uma vinculação de crescimento de despesas obrigatórias ao salário mínimo [...]. Essa lógica de buscar valorizar o salário mínimo, que é absolutamente fundamental para o país, não pode, ao mesmo tempo, vincular o crescimento de despesas obrigatórias quando, na verdade, o que se exige para o Estado brasileiro é que despesas com saúde, com educação se possam fazer mais com menos", disse.
Pacheco afirmou ser necessário haver "engajamento muito mais amplo do que um pacote que se apresente de corte de gastos públicos". O senador citou, como exemplo, a discussão sobre supersalários no serviço público e o desperdício de recursos com obras inacabadas.
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