Zona Franca de Manaus dá férias coletivas para 40 mil trabalhadores e demite 350, diz sindicato
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As empresas da Zona Franca de Manaus concederam férias coletivas para quase 40 mil funcionários e demitiram outros 350 trabalhadores desde o início das medidas restritivas para conter o novo coronavírus. Os dados são do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Amazonas. De acordo com o presidente do sindicato, Valdemir de Souza Santana, entre as empresas que pararam a produção estão a Samsung, a Yamaha, a Honda e a Gree. A Zona Franca emprega cerca de 82 mil trabalhadores, dos quais 16 mil são sindicalizados, segundo o sindicato. Desde terça-feira (31), a Folha tenta entrar em contato com o superintendente da Zona Franca, o coronel do Exército Alfredo Menezes, mas não houve resposta até a conclusão deste texto. Próximo do presidente Jair Bolsonaro, Menezes participou de uma carreata em Manaus na última sexta-feira (27) contra o fechamento do comércio e outras medidas restritivas. Durante o protesto, Menezes chegou a ligar para Bolsonaro do seu celular para mostrar a manifestação. Favorável às medidas restritivas, Santana, filiado ao PT, disse que, "em primeiro lugar, está a saúde do trabalhador". "Os cientistas têm mais conhecimento. Ou só uma pessoa que está certa no mundo?", disse, em alusão a Bolsonaro. Santana defende o uso dos 5% do faturamento bruto destinado, por lei, à pesquisa e desenvolvimento, para minimizar o impacto provocado pelo coronavírus na indústria.
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