Polícia investiga uso de supercola no procedimento estético de empresária morta
RIO - O delegado Roberto Ramos, responsável pela investigação que apura a morte da microempresária Fernanda de Assis, de 29 anos, quer saber se a responsável pela intervenção, realizada na casa da vítima, usou uma espécie de supercola para tentar evitar o vazamento da substância injetada no corpo da paciente. Ele aguarda o resultado do laudo cadavérico para saber exatamente qual produto foi aplicado na microempresária. A Polícia Civil já identificou e pedirá à Justiça a prisão da mulher que realizou o preenchimento nos glúteos e nos lábios de Fernanda, que morreu no último sábado, nove dias após ter feito o procedimento estético.
Pessoas ligadas a Fernanda contaram à polícia que a microempresária já havia feito um preenchimento nos glúteos recentemente e que, por isso, foi orientada a não se submeter a nenhuma outra intervenção tão cedo. A mulher que injetou o produto no corpo da microempresária sabia da restrição, mas optou por fazer o procedimento. Ela teria cobrado R$ 1 mil pelo serviço.
— A autora vai responder por homicídio e exercício ilegal da medicina. Tudo foi feito de uma maneira irregular, por uma pessoa inabilitada, que não era médica — disse o delegado, que não divulgou o nome da suspeita para não atrapalhar as investigações.
Segundo a polícia, Fernanda chegou à mulher através de uma amiga:
— A Fernanda viu o corpo da amiga numa clínica de bronzeamento e perguntou quem havia feito os preenchimentos. Recebeu a indicação e procurou a mulher — afirmou o delegado.
Nesta segunda-feira, o companheiro de Fernanda. Alex Fernando, foi ouvido pela polícia e contou que Fernanda fez o preenchimento sem que ele soubesse.
ASSUNTOS: empresária, morte, Procedimento estético, Policial