Falta de profissionais em Engenharia Elétrica aponta mercado promissor no Amazonas
O Brasil tem um déficit de 20 mil engenheiros por ano, segundo dados do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Para se ter uma ideia, um levantamento recente mostrou que para cada mil trabalhadores há 6 engenheiros no país enquanto que Estados Unidos e Japão possuem 25 profissionais do ramo para a mesma quantidade de trabalhadores. Umas das áreas mais promissoras é a Engenharia Elétrica, um dos segmentos mais importantes para a estruturação de novos polos industriais e tecnológicos.
De acordo com o diretor da Faculdade Fucapi, que oferece o curso em Manaus, Frederico Pinagé, na região Norte há uma grande procura por profissionais que acompanhem o processo inovador da economia. Devido a baixa densidade demográfica e ao baixo poder aquisitivo da população, faz-se necessários novos sistemas de energia que tenham pouco custo e atendam às localidades isoladas da Amazônia.
“O mercado de trabalho busca cada vez mais pessoas com visão sistêmica e generalista que se encaixem no mundo altamente globalizado. A microrregião ao qual o nosso curso está instalado possui um forte campo de demandas no ramo eletroeletrônico na produção de produtos tecnológicos para sistemas de automação e controle. Isso abre portas para outros subsetores ampliando a atuação no mercado regional”, destacou.
Por dentro do curso
Aluno do sétimo período do curso, Ailton Vieira, disse que quer seguir a carreira com ênfase em eletrotécnica na produção de sistemas elétricos de alta potência e de automação industrial. Aluno do penúltimo ano do curso, ele relatou que nas aulas aprendeu em teoria e prática a geração, manutenção e distribuição de eletricidade, parte essencial do processo de produção de sistemas elétricos.
“O curso é excelente e ter o lugar certo com um ótimo corpo docente ajuda muito a como solucionar problemas com o planejamento certo. Ganhei eficiência e segurança trabalhando com eletricidade ao longo dos semestres”, pontuou o aluno.
Ailton contou que trabalhou com projetos de eletrônica como circuitos elétricos no laboratório onde conheceu os componentes de máquina e comprovou os cálculos e projetos desenvolvidos em sala.
Mercado Nacional
Um formado em engenharia que atue na produção industrial pode ganhar de R$18 a R$30 mil em um cargo de gerente ou diretor de logística, segundo o site acadêmico Blog do Enem. O salário alto é explicado pela carência de profissionais qualificados para os projetos, obras e indústrias avançadas no País.
O curso garante a quem conclui as habilidades para atuar nas áreas de eletrônica, sistemas de alta tensão, construção de usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, empresas de telecomunicações, setores da informática como programação avançada entre outros.
Pinagé informou que o curso oferece uma contribuição positiva à região amazonense levando em conta o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica. “Os alunos de Engenharia Elétrica estão prontos para atuarem nos mais diversos setores civis e industriais, gerenciar linhas de transmissão em sistemas locais, além de pesquisar novas fontes alternativas de geração de energia, sem causar impactos socioambientais”, concluiu.
ASSUNTOS: engenharia, ensino superior, mercado de trabalho, Educação