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Sentimentos solidários


Por Flávio Lauria

29/11/2024 8h18 — em
Espaço Crítico



Nessa  época de aproximação do Natal, ficamos mais leves mais profundos, e isso me faz sair do olhar crítico que sempre o faço em meus artigos para escrever sobre o sentimento que nos invade.


Os ambientes são coloridos de flores e pisca-piscas. Fogos de artifício, dos mais variados, enchem os céus de glória. Tudo canta de alegria! O exterior parece traduzir uma linguagem interna de bons desejos. Os profetas, porém, alertam, como Frei Beto “Talvez seja no Natal que nossas carências ficam mais expostas. Damos presentes sem nos dar, recebemos sem acolher, brindamos sem perdoar, abraçamos sem afeto, damos à mercadoria um valor que nem sempre reconhecemos nas pessoas”. É preciso celebrar não apenas o 25 de Dezembro, mas o Natal do Senhor. Por isso, não tem sentido colocar o presépio no local de convívio, se não há um ambiente acolhedor, uma família construída. Terá valor a árvore natalina, armada de enfeites, luzes e bolas de Natal, sem o ser humano ser revestido de sua dignidade? Que significado terá o banquete natalino sem preocupação com a campanha do Natal sem Fome para uma justa ceia dos 50 milhões de famintos brasileiros?
 

De que adianta afigura ilustrativa do Papai Noel trazendo brinquedos e alegria aos filhos, se os adultos não trouxerem esperança e educação às crianças e jovens? A estrela de Belém brilha mais quando houver luz nos corações. É difícil ser estrela…Muito mais fácil é ser cometa. É mais simples ser fraterno somente nessa época de sentimentos solidários.

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