O Atlético-MG divulgou nesta quinta-feira (8) uma projeção do valor atual de sua dívida líquida, que, segundo os números apresentados, chega a R$ 1,4 bilhão. Esses valores ainda não passaram por auditoria, e os números oficiais serão divulgados no balanço financeiro do clube, previsto para abril deste ano.

O CEO da SAF do Atlético, Bruno Muzzi, foi responsável pela apresentação dos dados durante um encontro com jornalistas na sede de Lourdes, em Belo Horizonte. O aumento da dívida foi de R$ 90 milhões de 2023 para 2024, já que no ano passado a dívida auditada estava em R$ 1,310 bilhão.

As principais fontes de endividamento do clube são as operações bancárias e os débitos com a construção da Arena MRV. O valor projetado para as dívidas com bancos é de R$ 507 milhões, enquanto os débitos relativos ao estádio chegam a R$ 410 milhões, que incluem o custo da obra, contrapartidas e outras despesas operacionais. O valor total estimado para a construção da Arena MRV é de R$ 1 bilhão.

O clube também detalhou sua situação com os empréstimos financeiros, mencionando que tem dívidas com oito instituições financeiras, com destaque para o BTG Pactual, que é a maior credora, com R$ 191 milhões a receber.

Em relação ao gerenciamento da dívida, Bruno Muzzi destacou que o planejamento estratégico do clube inclui alternativas para alongar o endividamento, como buscar novos aportes financeiros ou reestruturar as dívidas existentes. Muzzi também mencionou a possibilidade de trocar a dívida total para reduzir custos, embora tenha reconhecido que esse processo não é simples, sendo trabalhoso e complexo.