Botafogo tenta glória inédita e Atlético-MG busca o bi da Libertadores na Argentina
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pela quarta vez em cinco anos, a final da Copa Libertadores terá dois clubes brasileiros. Desta feita, no formato de decisão em jogo único adotado desde 2019, o campeonato será resolvido na Argentina, em Buenos Aires, no estádio Monumental de Núñez, a partir das 17h deste sábado (30) com transmissão de Globo, ESPN, Disney+ e Paramount+.
O duelo opõe Atlético Mineiro e Botafogo, que se impuseram sobre seus adversários nas semifinais. A formação de Belo Horizonte castigou o River Plate, que perdeu a chance de buscar o título em sua casa. O time carioca resolveu sua situação rapidamente, fazendo 5 a 0 no Peñarol no Engenhão.
Agora, os alvinegros se encontram, em embate cheio de provocações prévias. Eles se enfrentaram na semana passada, pelo Campeonato Brasileiro, em uma partida que não teve gols, mas teve uma porção de bate-bocas no estádio Independência, em Belo Horizonte.
As discussões foram além do apito final, especialmente entre Luiz Henrique, destaque do Botafogo, e Hulk, grande nome do Atlético. O atleticano disse ter ouvido de um companheiro, o goleiro Matheus Mendes, que o botafoguense chamou o time mineiro de "fraco, uma m...".
"Tenho 20 anos de carreira e nunca falei que um time é uma m Que ele aprenda com o erro dele. Tem tudo para ser craque, mas primeiro tem que ser craque como pessoa. Não ganhou p nenhuma. Tem cinco chutes na seleção, eu tenho sete anos. Ele tem que correr para caramba", esbravejou Hulk.
"Não venham com lições de moral para mim nem para meus jogadores", respondeu o técnico português Artur Jorge, na sequência.
Dias mais tarde, Luiz Henrique tentou minimizar a situação e esfriar um pouco os ânimos. "Peço desculpas ao Hulk, eu o respeito muito. É um jogador de alto nível, como eu sou também. Temos que nos respeitar dentro de campo. Às vezes, a gente está com a cabeça cheia. É pedir desculpa a ele e seguir em frente", declarou.
Seguir em frente significa buscar o primeiro título do Botafogo na Libertadores. A equipe de General Severiano jamais havia chegado à final e já faz sua melhor campanha no torneio, mas, obviamente, quer mais. O moral está elevado após a vitória sobre o Palmeiras, fora de casa, na última terça (26), que recolocou o time na liderança do Brasileiro a duas rodadas do final.
"Mostramos que em nenhum momento estivemos abalados", afirmou o atacante Igor Jesus, ciente de que a torcida estava preocupada pelos tropeços nos três jogos anteriores. "Nós nos mantivemos fortes mentalmente, com todo o mundo se apoiando. Temos que manter os pezinhos no chão e continuar batalhando."
Já o Atlético é apenas o décimo colocado no Nacional e joga todas as suas fichas na disputa continental. O alvinegro mineiro não vence em qualquer campeonato há dez jogos, mas sabe que lhe basta um triunfo, o do Monumental de Núñez.
A agremiação de Belo Horizonte busca seu segundo título na Libertadores. Campeã em 2013 com heroísmo do goleiro Victor hoje dirigente do clube, tenta agora erguer sob a direção do argentino Gabriel Milito o troféu que levantou com Cuca no comando.
"Temos que jogar a final com muita valentia, com muita segurança", disse Milito, reconhecendo que a produção do adversário foi superior em boa parte da temporada. "Sabemos que precisamos neutralizar muito bem o jogo ofensivo deles e também temos que gerar perigo. Vamos com a fé a convicção de que vamos ganhar."
Estádio: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (Argentina)
Horário: Às 17h (de Brasília) deste sábado (30)
Árbitro: Facundo Tello (Argentina)
VAR: Mauro Vigliano (Argentina)
Transmissão: Globo, ESPN, Disney+ e Paramount+
ASSUNTOS: Esportes