Da tensão aos braços do povo, Augusto tem noite de alívio no Corinthians
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi da tensão pré-votação do impeachment aos braços da torcida, na noite da última segunda-feira (2). O mandatário conseguiu uma liminar na Justiça para suspender a reunião do Conselho Deliberativo (CD) e foi comemorar no meio das organizadas.
Augusto viveu momentos de ansiedade nos bastidores da reunião que iria votar o seu impeachment. O encontro do CD aconteceu no ginásio do Parque São Jorge, sede social do clube.
Segundo fontes que estavam no evento, o presidente disse, em momento de desespero, que o time não entraria em campo, caso ele fosse destituído. Nesta terça-feira, às 20h (de Brasília), o Corinthians enfrenta o Bahia, pela 37ª rodada do Brasileiro, em busca de uma vaga no Libertadores de 2025. Vale lembrar que Augusto protagonizou um 'poropopó' com o elenco alvinegro após a vitória sobre o Criciúma, no último sábado (30), e recebeu apoio de vários jogadores.
O mandatário havia tentado a suspensão da reunião durante todo o dia, mas a decisão judicial só veio minutos antes da abertura. Pela manhã, Augusto entrou com uma petição na 4ª Vara do Tatuapé, que foi negada. Mais tarde, ele fez o mesmo pedido à 8ª Câmara de Direito Privado, que foi apreciado às 18h48 doze minutos antes da sessão começar.
Houve muita comemoração da torcida, com direito a foguetório, após a suspensão da votação. As organizadas chegaram aos arredores do PSJ, por volta das 15h, para protestar contra o impeachment de Augusto Melo. Gritos de "não vai ter golpe" foram ouvidos por horas.
Na sequência, Augusto se dirigiu ao local destinado à torcida, acompanhado de seus apoiadores. O momento de líder populista ficou marcado como o grande ato do presidente na noite. Ele foi ovacionado e causou tumulto para se aproximar das pessoas que estavam na grade.
Por fim, os corintianos tomaram a rua por horas durante a comemoração e até queimaram bonecos de opositores do presidente. Isso aconteceu depois da retirada do bloqueio policial, que isolava os torcedores, a pedido da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A Marginal Tietê teve quilômetros de paralisação por conta do desvio em ruas da região, organizado pela Polícia Militar no esquema de segurança.
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