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Diretor canadense admite que usava drone para espionar rivais olímpicos no futebol

Por Folha de São Paulo

26/07/2024 15h45 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Após a polêmica de espionagem envolvendo a seleção canadense de futebol feminino, durante as Olimpíadas de Paris 2024, o CEO de futebol Kevin Blue revelou que o uso de drones para este fim não é um caso isolado do Canadá.

CEO de futebol do Canadá, Kevin Blue assumiu em entrevista on-line à imprensa que a equipe tentou utilizar drones para espionar adversários não só no futebol feminino olímpico, como na Copa América masculina. "Quanto mais fico ciente sobre esse assunto específico, mais me preocupo com uma potencial cultura sistêmica de longo prazo e profundamente enraizada desse tipo de coisa que ocorre, o que é obviamente inaceitável", disse. "Estou ciente de uma instância de tentativa de uso de drones durante a Copa América".

Blue disse ainda que a Federação Canadense já está realizando uma investigação interna e reafirmou que os jogadores não tem relação com os ocorridos. A goleira Stephanie Labbé, que conquistou o ouro olímpico em Tóquio 2020, protegeu a si em seu Twitter nesta sexta-feira (26): "fiz meus próprios palpites fundamentados com base nos vídeos que vi de jogadoras por seus clubes e seleções. Nenhum vídeo de drone foi assistido. Não confundam um ótimo goleiro com trapaça".

Para que a seleção feminina canadense, inclusive, possa continuar participando das Olimpíadas, o diretor citou sobre a organização "estar tomando medidas" na tentativa de resolver a situação. A remoção da treinadora Bev Priestman foi uma delas, logo depois do escândalo vir à tona após a vitória do Canadá sobre a Nova Zelândia por 2 a 1, na estreia do torneio.

O CEO ainda confirmou que, após tomar conhecimento das tentativas de uso de drones na Copa América, o técnico da seleção masculina Jesse Marsch fez uma denúncia. "Ele (Marsch) denunciou imediatamente e com veemência, e comunicou tanto a equipe atual quanto a que era de comissões técnicas anteriores que ainda estão conosco", relatou Blue.

Para o lugar de Bev Priestman, Andy Spence vai assumir a equipe canadense feminina durante as Olimpíadas. O CEO ainda afirmou "status incerto" sobre permanência de Spence no cargo.


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