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Forte correnteza do rio Sena forçou atletas a nadarem maratona pela costa

Por Folha de São Paulo

08/08/2024 4h30 — em
Esportes



PARIS, FRANÇA, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut mergulharam no rio Sena em busca de mais uma medalha para o Brasil, mas ficaram fora do pódio. Além da questão da qualidade da água, a forte correnteza foi outro fator que precisou ser enfrentado pelas atletas.

Metade do percurso de 10 quilômetros foi realizado contra a intensa fluência do Sena. Com isso, as competidoras tiveram que fazer mais esforço e nadaram mais lentas. Em Tóquio, Ana Marcela conquistou a medalha de ouro ao completar a prova em 1h59min30s8; na capital francesa, a holandesa Sharon van Rouwendaal foi campeã com tempo de 2h03min34s2 —o tempo de Ana Marcela foi de 2h04min15s7.

O percurso da maratona aquática no rio Sena foi da ponte Alexandre III até a ponte de l'Alma. A distância entre as duas ligações no centro de Paris, correspondente ao trajeto de ida e volta, é de cerca de um quilômetro. Sendo metade sempre em correnteza contra, justamente na parte final de cada uma das voltas.

Para minimizar os efeitos negativos da força do fluxo da água, as atletas nadaram predominantemente pela costa desde o começo da prova, ficando bem próximas às margens. Tal estratégia foi traçada após o período de reconhecimento do rio nas vésperas da competição. As nadadoras brasileiras preferiram não entrar na água diante da polêmica sobre as condições do rio, e encerraram a preparação treinando em piscinas.

As brasileiras assumiram a perseguição às líderes logo após a primeira volta e se mantiveram na cola durante praticamente toda a maratona. Com cerca de 50 minutos de prova, as brasileiras seguiam no pelotão de frente, com Ana em sexto e Vivi, em décimo. Além da correnteza contrária, as atletas estavam nadando contra o sol, o que prejudicou a visão quanto às bóias do percurso.

Ana Marcela melhorou sua posição e chegou para a última volta em quarto, mas ainda distante das três primeiras, precisando tirar 34s de desvantagem, enquanto Vivi era a nona. A campeã olímpica diminuiu a distância na reta final, mas não conseguiu reagir e acabou ficando a 32s de uma vaga no pódio, terminando em quarto —Vivi ficou em 11º.


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