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Menor preso na torcida do Peñarol cumprirá penas socioeducativas no Uruguai

Por Folha de São Paulo

13/11/2024 11h45 — em
Esportes



RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta terça-feira (12), que o menor de idade que está entre os presos da torcida do Peñarol cumprirá medidas socieducativas no Uruguai.

O jovem está detido desde o dia 23 de outubro, data em que torcedores do Peñarol cometeram crimes na praia do Recreio, na Zona Oeste (RJ). Após a detenção, ele foi transferido para uma unidade do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) no bairro da Ilha do Governador, na Zona Norte (RJ), onde segue até terminarem todos os trâmites burocráticos de sua soltura.

A defesa do menor não irá recorrer da decisão, já que ela própria foi quem havia feito o pedido de cumprimento de medidas socieducativas no Uruguai.

No último dia 5, dez uruguaios foram soltos e tiveram suas prisões preventivas convertidas para medidas cautelares. Eles estão proibidos de deixar o Brasil até o julgamento e terão que se apresentar ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos a cada dois meses onde precisam comprovar residência fixa e suas atividades.

Outros dez torcedores do Peñarol seguem presos no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste (RJ). Na semana passada, advogados uruguaios foram visitá-los no presídio e tentam também obter suas solturas.

RECREIO VIRA PRAÇA DE GUERRA

Torcedores do Peñarol transformaram a orla do Recreio em uma verdadeira praça de guerra no dia 23 de outubro. Presentes no Rio de Janeiro para a partida contra o Botafogo, pelas semifinais da Libertadores, os uruguaios saquearam quiosques, uma padaria, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas, cadeiras e até um revólver.

Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

Ao todo, 283 pessoas foram detidas após a chegada do Batalhão de Choque. Em audiência de custódia, a Justiça converteu para preventiva a prisão de 21 uruguaios.

Os torcedores do Peñarol foram autuados por diversos crimes: porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, responderão também por artigos do Estatuto do Torcedor.


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