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'Precisamos de mais estabilidade' para buscar o ouro em Los Angeles, diz Rosamaria

Por Folha de São Paulo

14/08/2024 15h15 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Prata em Tóquio-2020 e bronze em Paris-2024, a jogadora Rosamaria afirmou que a seleção feminina precisa de mais estabilidade para alcançar o tão sonhado ouro olímpico em Los Angeles-2028, com um trabalho voltado à prevenção de lesões das atletas.

"O que fica de lição é que a gente tem que tentar manter um pouco mais de estabilidade nesses próximos anos. Cuidar bastante da nossa parte física para não sofrer com lesão e não acabar prejudicando a preparação", afirmou Rosamaria durante conversa com jornalistas nesta quarta-feira (14).

Tem muita coisa a ser melhorada, a ser estudada também, muita coisa vai acontecer nesses próximos quatro anos, mas é continuar fazendo o trabalho sério que a gente tem feito, que eu tenho certeza que vamos trazer muita alegria ainda para o povo brasileiro, e, se Deus quiser, buscar essa medalha de ouro em Los Angeles", acrescentou a jogadora de Nova Trento (SC), que atua nas posições de oposta e ponteira.

Em Paris-2024, a seleção brasileira de vôlei venceu os três jogos na fase de grupos, contra Japão, Polônia e Quênia, e passou pela República Dominicana nas quartas de final, sem perder nenhum set.

Nas semifinais contra os Estados Unidos, em uma revanche da final de Tóquio-2020, acabou derrotada em uma partida bastante disputada definida apenas no tie-break. Na disputa pelo bronze, o Brasil bateu a Turquia por 3 sets a 1.

A jogadora disse também que a dor de cair na semifinal para as norte-americanas foi potencializada pela crença do grupo de que o ouro era possível. "A gente acreditava do início ao fim que poderíamos ser campeãs olímpicas, acho que a gente acreditou mais até do que aquele grupo de Tóquio acreditava", afirmou Rosamaria.

Mas, o que posso dizer é que é o esporte, e nem sempre tudo que a gente quer...é a vida."

Ainda conforme a atleta da equipe Denso Airybees, do Japão, os últimos dois ciclos olímpicos —Tóquio-2020 e Paris-2024— serviram para entender melhor o nível em que a seleção precisa estar para voltar a subir ao lugar mais alto do pódio, como em Pequim-2008 e Londres-2012.

Acho que a gente entendeu, para quem viveu esses dois ciclos, o que é necessário para jogar uma Olimpíada, qual é o nível que é preciso estar fisicamente, mentalmente, técnica e taticamente. É o campeonato para o qual todas as equipes se preparam, onde tudo pode acontecer. É um campeonato muito intenso e rápido, são poucos jogos, só seis jogos."

Rosamaria assinalou ainda que é preciso 100% de dedicação a cada treinamento para que a equipe chegue em sua melhor forma aos Jogos.

A gente tem um grupo muito comprometido, uma comissão técnica também muito eficiente que sempre nos falou sobre isso, que a gente não pode perder nenhum treinamento, não menosprezar nenhum dia da preparação porque esse dia vai fazer diferença lá na preparação final", disse ela.

Aos 30 anos, Rosamaria afirmou que servir a seleção brasileira ainda por mais alguns anos, contribuindo cada vez mais para o grupo dentro de quadra. "Espero que esse não seja o meu auge, que o meu auge venha a aparecer ao longo dos anos e que eu só melhore e possa ajudar a seleção brasileira em muitas outras conquistas."

Por fim, ela abordou também a busca pela paridade de gênero nos Jogos de Paris. Segundo a jogadora, o crescimento da participação olímpica feminina fomenta o sonho das meninas que estão iniciando a prática esportiva em suas cidades. "O espaço da mulher é onde ela quer."


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