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Renato Gaúcho chega ao Fluminense e promete time com 'alegria e coragem'

Por Folha de São Paulo

04/04/2025 14h45 — em
Esportes


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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Renato Gaúcho foi apresentado como novo técnico do Fluminense na tarde desta sexta-feira (04) (4), e disse ter conversado com o elenco sobre "alegria e coragem para jogar".

"Conversei bastante. O que procurei passar para o grupo foi alegria de jogar e coragem. Isso o torcedor pode ficar tranquilo que vai ver no meu time. O Fluminense enquanto eu estiver aqui vai jogar como time grande, vai respeitar os adversários, mas vai jogar para dentro, sempre para vencer. Trabalhando sempre com cuidado defensivo. O Fluminense vai jogar como time grande independente do adversário", disse o novo técnico tricolor.

Renato assinou contrato até o fim da temporada e a estreia à beira do gramado vai acontecer no domingo, contra o Red Bull Bragantino, no Maracanã, em duelo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

Esta será a sétima passagem dele como técnico do Flu. Anteriormente, comandou o time em 1996, 2002-2003, 2003, 2007-2008, 2009 e 2014. Ao todo, soma 202 jogos, com 86 vitórias, 52 empates e 64 derrotas, com um aproveitamento de 51%.

Renato Gaúcho assume a vaga deixada por Mano Menezes, demitido após a derrota para o Fortaleza, no último sábado, estreia no Brasileiro.

O QUE MAIS ELE FALOU?

Qual Renato chega ao Fluminense: "É um pouco de tudo. O treinador tem de ser um pouco de tudo. Tem de conversar, escutar e trabalhar a parte tática e técnica. Esse é o trabalho do treinador. Apagar incêndio... Mas acima de tudo, dar liberdade. Pelo menos é dessa forma que eu trabalho. Dar liberdade para o jogador se expressar. Eu não sou aquele treinador que fala, fala, fala e não dá oportunidade para o jogador falar. Eu acho que é um pouco por aí. Eu acho que esses títulos da minha carreira, que eu ganhei como treinador, foi dessa maneira que eu trabalhei, e não vou mudar, até porque eu gosto da maneira que eu trabalho, as pessoas ou os grupos que trabalham comigo gostam da minha maneira, eu não tenho o que mudar. Na hora de passar, fazer um carinho no jogador eu vou fazer, na hora de multar, na hora de chamar atenção também eu vou chamar.

Posse de bola. "Gosto dos times com posse de bola, de preferência dentro do campo do adversário. Não gosto de arriscar tanto atrás. Tem horas que converso bastante com meus zagueiros e goleiro que, na dúvida, tem de quebrar. Eu não vou arriscar. Não sou aquele treinador que, mesmo nas dificuldades, não quer que dê chutão. Não. Conversei sobre isso com meus zagueiros, com o Fábio. Na dúvida, tem de quebrar".

Primeiro dia de trabalho: "Tive uma conversa. O presidente me apresentou ao grupo e depois conversei muito rapidamente. Conversei mais no campo. Pude fazer um trabalho tático nesta sexta-feira (04) que vou repetir neste sábado (05). Pouco tempo de trabalho até domingo, apesar de que já conheço bastante o grupo, tem alguns jogadores com características que vou conhecer na semana que vem. Sempre muito difícil para o treinador chegar, conhecer o grupo e não ter tempo para treinar, mas faz parte do futebol brasileiro. Tentei aproveitar o máximo do tempo de manhã, neste sábado (05) passo o vídeo, converso, faço o trabalho tático. E domingo tem esse jogo importante contra o Bragantino. Peço que o torcedor compareça no maior número, a torcida do Fluminense sempre compareceu e incentivou. Se tratando do Brasileiro, mais do que nunca é necessária a presença para apoiar a equipe para que neste segundo jogo a gente possa conquistar os três pontos".

Utilização da base. "Sempre gostei de trabalhar com garotos. Por onde eu trabalhei, eu costumava mandar um ou dois dos meus auxiliares a ver jogos na base, acompanhar os garotos e me passar informações. Costumo fazer, sempre que há tempo, e já marquei para segunda-feira, um coletivo com os garotos da base, justamente para poder observar, dar atenção a eles e ver, de repente, se tem alguém promissor que possa estar no profissional".

Férias. "Foram 3 meses. Eu precisava descansar, dar uma relaxada. Ano passado, no Sul, por causa da enchente, foi desgastante. No fim do ano falei com o presidente do Grêmio que independentemente da decisão do clube, eu precisaria relaxar. Procurei aproveitar esse tempo, fiz coisas que não fazia, jogar um futevôlei, tomar um chopp com amigos, curtir a família, cachorro. Coisas normais. Ia dormir um pouco tarde, acordava 11h, 12h. Procurei me divertir um pouquinho no bom sentido. Vi muitos jogos, isso não abria mão, do Brasil e de fora. Estava ligado. Achei que era hora de voltar, estou descansado".

Elenco do Fluminense. "O grupo do Fluminense é qualificado. Aí você me pergunta se pode chegar mais alguém em determinada posição. Isso a gente vai ver no dia a dia. Ver se o clube também tem condições de contratar. nesta sexta-feira (04) em dia não é fácil encontrar jogadores, e, quando encontra, são jogadores caros. Aí entra a parte financeira também do do clube que eu não sei como é que é, mas aí eu trocando ideias com o presidente, com a diretoria, a gente vê isso. Sempre que a diretoria, o presidente puder me dar um reforço, ele será sempre bem-vindo. A gente nunca pode falar assim: "esse grupo tá fechado". Daqui a pouco tem uma brecha, tem um jogador dando mole ali fora que o clube tenha condições de contratar, que a gente sabe que vai chegar pra nos ajudar... Com certeza a gente vai tentar trazer. Mas isso aí não vai ser toda hora porque é que eu falei e é difícil você encontrar jogadores nesta sexta-feira (04) em dia".

Jogadores que conhece. "O grupo do Fluminense é muito bom. Trabalhei com alguns jogadores, o Thiago Silva, Thiago Santos, Renê, Lima, jogadores que tenho admiração grande. O Fábio é um dos melhores jogadores do Brasil. E temos um xerife, um líder, um cara excepcional, que é o Thiago. Importante ter jogadores assim no grupo, que agregam, que são líderes. São jogadores que conheço. Basicamente conheço 80% do grupo do Fluminense. Por isso aceitei o convite. Tenho certeza do sucesso desse grupo"

Negociação. "Foi rápido. Eu estava em casa voltando de uma consulta médica com minha filha. Tocou o telefone, era o presidente. Falei: "presidente estou dentro do táxi, estou chegando em casa, depois a gente se fala". Era quarta-feira. Cheguei em casa, liguei para ele, queria conversar. Recebi ele na minha casa, trocamos algumas ideias, adiantamos bastante coisa. No dia seguinte, faltavam detalhes, acertamos e nesta quinta-feira (03) dei a palavra final e nesta sexta-feira (04) estou aqui. Tem situações que demoram bastante, tinha uma vontade de trabalhar com ele, com o próprio Paulo. Aceleramos as coisas. Faltavam só um detalhezinhos que eram do meu empresário com ele, mas tudo certo, nesta sexta-feira (04) estou aqui"

Identificação com o Fluminense. "Com o passar do tempo você fica mais experiente. Tive o prazer de vestir a camisa do clube, de conquistar o título de 1995, tive o prazer de conseguir a Copa do Brasil de 2007, infelizmente escapou a Libertadores de 2008. Sempre me senti em casa como jogador e treinador. Tive convites de outros clubes. Esta semana tive uma conversa com uma pessoa que me pediu para não conversar com ninguém, inclusive com o Fluminense. Que domingo esse clube poderia me contactar para contratar e aceitei o Fluminense porque aqui me sinto em casa. Tinha desejo de voltar ao clube, queria trabalhar com o Mário, Paulo e conheço 80% do grupo. Você junta o útil ao agradável. Não tivemos dificuldade para acertar".


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