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Seleção tem críticas à Fifa por Olimpíadas e quase usou goleira na linha

Por Folha de São Paulo

11/08/2024 15h19 — em
Esportes



PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) - Durante as Olimpíadas, a seleção feminina foi acumulando contusões e desfalques. Tamires se machucou logo no início, Antônia sofreu uma fratura e boa parte das atletas tinha dores e lesões.

A situação era tão grave que o técnico da seleção, Arthur Elias, cogitou colocar a Luciana como reserva na linha na final.

Diante dessa situação, sobraram críticas de jogadores e do treinador para a Fifa pela organização do torneio olímpico. Poucas jogadoras inscritas, pouco tempo de recuperação entre os jogos, muitas viagens.

"Acho que a Olimpíada é um torneio bem complicado. Fizemos seis jogos em seis cidades sempre viajando. É muito desgastante quando tem apenas 18 jogadoras mais as quatro suplentes", analisou Rafaele.

"Uma mensagem para a Fifa: esse torneio tem que ser repensado. Com mais jogadoras, com mais tempo ou com menos viagem."

Rafaele foi relacionada para a final com muitas dores após uma contusão sofrida diante da França. Havia a possiblidade de ela não jogar. Foi por isso que Arthur Elias cogitou usar Luciana, a terceira goleira, como jogadora de linha.

"Em relação a isso, eu tinha uma dúvida ontem da Rafa. Ela fez um teste, ainda tinha muita dor. Então, se ela não aguentasse, seria a melhor opção para a nossa seleção ter mais uma goleira que de repente desse para ajudar de uma outra forma", explicou o treinador.

Arthur Elias reforçou as críticas à organização. Explicou que, por conta disso, teve de fazer diversas alterações na sua forma de trabalhar. O treinador trocou constantemente as jogadores que estavam em stand by.

"Fisicamente, é uma competição que não se joga assim em um lugar da mundo. Então, em espaço curto de tempo, 6 jogos em 16 dias. E para isso, precisa saber levar o grupo inteiro nas melhores condições para manter a intensidade", comentou.

Outras jogadoras, como Gabi Portilho, também reclamaram de dores e desgaste. "Venho à base de remédio depois que tomei um pisão no tendão primeiro jogo. Jogando no limite. Foi nosso sonho e íamos nos doar ao máximo. Vivemos com dores, cansaço, mas nada apaga o que a gente fez aqui", completou a jogadora.


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