Médica é acusada de mutilação genital de meninas e pode pegar prisão perpétua
Jumana Nagarwala teria cometido o crime por 12 anos consecutivos e começou a ser investigada depois que a polícia recebeu um alerta sobre ela. Se for considerada culpada poderá ser condenada à prisão perpétua.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define mutilação genital feminina (MGF) como "todos os procedimentos que, de forma intencional ou por motivos médicos, alteram ou lesionam a genitália feminina".
A prática, que é particularmente comum em 30 países da África, do Oriente Médio e da Ásia por motivos religiosos, foi declarada ilegal nos Estados Unidos em 1996.
Em uma entrevista voluntária com investigadores no início da semana, Nagarwala negou ter praticado qualquer procedimento que envolva mutilação genital feminina.
Segundo a polícia, algumas das suas pacientes chegaram ao seu consultório de fora do Estado de Michigan e receberam instruções para não falar sobre os procedimentos.
"Esta prática não tem lugar na sociedade moderna, e quem praticar isso em menores de idade vai ter que responder à lei federal", acrescentou.
O primeiro caso conhecido de mutilação genital feminina nos Estados Unidos veio à tona em 2006, quando um imigrante etíope foi condenado a 10 anos de prisão por lesão corporal qualificada e crueldade contra criança por ter mutilado sua própria filha com tesouras cinco anos antes.
Segundo a ONU, aproximadamente 200 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo foram vítimas de mutilação genital feminina. Informações do site: BBC Brasil.
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