EUA: Casal Clooney doa US$1 milhão a ONG que combate grupos de ódio
LOS ANGELES — O ator George Clooney e sua mulher, a advogada humanitária Amal Clooney, doaram US$1 milhão ao Centro Legal de Pobreza do Sul, uma organização americana sem fins lucrativos que monitora grupos extremistas e de ódio nos Estados Unidos, em resposta aos protestos em Charlottesville, na Virgínia, neste mês. Uma manifestação em 12 de agosto organizada por neonazistas e outros supremacistas brancos na cidade desencadeou contra-protestos e levou à morte de uma mulher quando um carro atropelou uma multidão.
“O que aconteceu em Charlottesville, e o que está acontecendo em comunidades no nosso país, requer nosso engajamento coletivo para enfrentar o ódio”, disse o casal Clooney em comunicado conjunto.
A doação foi feita pela Fundação Clooney para Justiça, criada pelo casal em 2016 para promover justiça em salas de aula e tribunais ao redor do mundo. O presidente do Centro Legal de Pobreza do Sul, Richard Cohen, agradeceu aos Clooney por “estarem conosco neste momento crítico na luta de nosso país contra o ódio”.
No final de julho, o casal também manifestou sua ajuda a 3 mil crianças refugiadas sírias no Líbano. A fundação Clooney se juntou ao Ministério da Educação do Líbano, ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e às empresas Google e HP para abrir sete escolas. Uma doação de US$ 3,25 milhões irá pagar por transportes, materiais escolares, computadores, conteúdos, currículos e treinamento de professores.
CRISE POLÍTICA
Os conflitos nas ruas de Charlottesville geraram uma crise política para o presidente Donald Trump, que elogiou “pessoas muito boas” em ambos lados do conflito. Na segunda-feira, o presidente adotou um tom conciliatório ao falar do ódio interno no país.
— Quando abrimos nossos corações ao patriotismo, não há espaço para o preconceito, nenhum lugar para o fanatismo e nenhuma tolerância para o ódio — reforçou Trump.
Após o despertar dos violentos protestos supremacistas brancos na Virgínia, as universidades americanas estão reforçando a segurança. Com começo das aulas, muitos pais de universitários afro-americanos se questionaram se seus filhos estão seguros nos campus.
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