Manaus/AM  - Um tenente da PM foi preso e um funcionário do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) está sendo procurado por extorquir empresários na cidade de Manaus. Nessa quinta-feira representantes da Polícia Militar, DRCO, Secretária de Segurança Pública e Delegacia Geral se reuniram para dar detalhes sobre as investigações.

Segundo Soares, secretário da SSP, na última terça-feira-feira (30), as vítimas da extorsão foram abordadas pelo tenente, que se passou por policial  civil e pelo funcionário do TJAM, que se identificou como oficial de justiça, enquanto abasteciam um barco. 

Acusados de estarem comprando combustível furtado, os donos das embarcações tiveram os documentos apreendidos e foram levados para as proximidades de uma delegacia. Em certo momento, os suspeitos pararam o veículo e exigiram que os empresários pagassem determinado valor se quisessem ser liberados.

Para fazer valer a proposta, a dupla ameaçou e coagiu as vítimas, cobrando de uma delas, cerca de R$ 38 mil. O pagamento foi efetuado, mas o segundo homem não tinha dinheiro e só foi liberado após prometer que pagaria valor no dia seguinte.

Enquanto a vítima reunia seus bens para vender foi convencida a denunciar o caso. Na quarta-feira (31), ele e o parceiro procuraram a delegacia e quando registravam o caso, receberam a ligação dos extorsionistas exigindo o pagamento da dívida.

Orientados pelo delegado, os empresários marcaram um encontro com a dupla e no momento do suposto pagamento, o tenente foi preso. No carro dele foram encontradas várias porções de drogas, que segundo a a polícia, seriam plantadas no carro das vítimas casos elas se negassem a pagar a extorsão.

O falso oficial de Justiça conseguiu fugir em outro veículo, mas já foi identificado e deve ser preso nas próximas horas. Ele já foi acusado de um crime semelhante, onde extorquiu uma vítima na frente da antiga sede da SSP no ano passado, mas conseguiu escapar.
Para o delegado geral da Polícia Civil, Frederico Mendes, crimes como esses que acontecem dentro das corporações não serão aceitos e serão punidos com rigor exemplar. 

O comandante geral da PM, Claudio Silva, disse que o crime será tratado com celeridade e que o tenente deve sofrer as sanções administrativas e penais.