“O presidente do meu tribunal, tranquilamente e sem pressa nenhuma, assinou um despacho em maio de 2012 mandando me comunicar, pasmem, por ofício também, que eu estava ameaçado de morte, ofício que só me foi entregue anteontem, em agosto de 2012. Ou seja, se eu tivesse que morrer já teria morrido, apesar do carimbo do presidente do TJAM da época e de toda a formalidade oficial”, diz um trecho da carta que denominou como: “Quanto vale a vida de um juiz?” Em outro trecho diz que vai “tentar desanimar” e continuar o seu trabalho que, “por ser ligado ao sistema penitenciário, deve ter menos valor para a cúpula de um poder que cada vez mais se demonstra distante da sociedade”. Ao final, declara: “Estou triste, muito triste”!. 

 

O Portal do Holanda postou matéria sobre o assunto, assim como a carta do juiz e a cópia do Despacho/ofício (de 14 de maio), onde o Tribunal informa o envio  do relatório do serviço de inteligência da Polícia. Numa busca rápida pela internet, a coluna só encontrou referência ao caso no próprio Portal do Holanda e no blog do advogado Christian Naranjo. Quem sabe a partir de hoje o desabafo de Luis Carlos Valois tenha alguma repercussão na imprensa. A imprensa que ele não procurou para revelar um assunto tão sério como esse, além  de queixas contra o judiciário. Exemplo: “Quanto você acha que vale a vida de um funcionário público? Pois para o Tribunal de Justiça do Amazonas não vale nada”. Alguma resposta virá. Por outro lado, ao preferir usar o facebook e o blog, o juiz teve espaço para dizer tudo o que talvez  não conseguisse em outros meios de comunicação.