Após a morte do apresentador Cid Moreira, na última quinta-feira (3), seus filhos, Roger Felipe Naumtchyk, de 47 anos, e Rodrigo Razendev Simões Moreira, de 54, solicitaram a abertura do inventário do pai. No entanto, eles foram deserdados em testamento público, conforme declarou Davi de Souza Saldaño, advogado da viúva de Moreira, Fátima Sampaio.

O advogado dos filhos, Angelo Carbone, estimou o patrimônio deixado por Cid Moreira em aproximadamente R$ 40 milhões em imóveis e R$ 20 milhões em contratos relacionados a direitos autorais de seus trabalhos na Globo. O pedido de inventário foi protocolado na 1ª Vara de Família da Comarca de Petrópolis, no Rio de Janeiro, sob o argumento de que o apresentador era casado com Sampaio em regime de separação total de bens.

A defesa de Fátima Sampaio classificou a ação dos filhos como "lamentável e inoportuna", já que ocorreu poucas horas após a morte do pai. O advogado Saldaño afirmou que Cid Moreira, em seu testamento, decidiu deserdar Roger e Rodrigo por "indignidade", conforme previsto no Código Civil brasileiro. "Todo ano, ele refazia o testamento com laudos médicos comprovando sua capacidade civil", explicou o advogado.

Saldaño também mencionou que os filhos moveram várias ações contra o pai e Fátima, todas sem sucesso, e destacou que o Ministério Público os acusou de denunciação caluniosa. Segundo o advogado, a postura dos filhos reflete um interesse exclusivo no patrimônio de Moreira.

Rodrigo, em um vídeo enviado à coluna de Mônica Bergamo, expressou tristeza com a situação, afirmando que Cid não quis se aproximar dele nos últimos anos e culpando Fátima por influenciar as decisões do pai. Em 2021, os filhos acusaram a viúva de negligência e de má administração do patrimônio de Cid Moreira, mas o apresentador defendeu Fátima, afirmando que as alegações dos filhos tinham motivação financeira e que ele havia comprovado sua sanidade mental na Justiça.