Dono de posto solta o verbo sobre nadadores americanos e conta tudo: 'abusadinhos'
RIO - O dono do posto de combustíveis na Barra da Tijuca onde Ryan Lochte e outros três nadadores americanos se envolveram em uma confusão disse, nesta quinta-feira, que os atletas protagonizaram atos de vandalismo no estabelecimento. O comerciante — que preferiu não se identificar — afirmou que Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger pediram aos frentistas para ir ao banheiro, mas urinaram na parede do posto e logo depois destruíram uma placa de propaganda do local. Os nadadores voltavam de uma festa na Casa da França, na Sociedade Hípica, na Lagoa, na madrugada do domingo passado.
— Pararam na lateral do posto e saíram mijando a lateral do posto e no jardim. Tem imagem até da bunda de um, arriando a calça. A câmera pegou. Eles foram indicados a ir no banheiro, mas mijaram na lateral, na parede. Não obedeceram à placa, não foram ao banheiro, com risco de uma mulher passar. Inclusive, as imagens mostram que, minutos antes, uma senhora passou para ir ao banheiro — relatou o comerciante, indignado.
O episódio no posto foi comprovado por imagens da câmera de segurança do estabelecimento, obtidas pela polícia. As imagens comprovam que não houve assalto, conforme sustentavam os nadadores inicialmente. A conclusão dos investigadores é de que os atletas mentiram ao prestarem queixa de roubo no domingo.
LOCHTE, O MAIS 'ABUSADINHO'
De acordo com o dono do posto, os atletas chegaram de taxi ao local por volta de 6h, bastante bêbados e fazendo algazarra. Pediram para ir ao banheiro, e o frentista de plantão indicou onde ficava. Os nadadores chegaram a ir na direção do sanitário, mas resolveram urinar na lateral do posto, a apenas 6 metros do banheiro. Em seguida, segundo o empresario, eles começaram a fazer arruaça, arrancando inclusive uma placa de propaganda presa na parede
— Foi puro vandalismo. Eles arrancaram a placa e jogaram no chão. O Lochte era o mais abusadinho — afirmou o dono do posto, que acompanhou a perícia realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira. — Achei sacanagem. Nunca fiz baderna na casa dos outros. Quem me conhece sabe que sou todo certinho. É injusto a gente ter que passar por tudo isso. Isso desmotiva, estressa a gente. Foi uma situação muito ridícula.
O empresário relatou ainda que, ao notar a bagunça, os frentistas dos posto intercederam para que os atletas parassem. Segundo ele, dois clientes, "aparentemente policiais," estavam lanchando no posto e resolveram chamar a Polícia Militar pelo 190. Os atletas tentaram ir embora e logo depois esses dois clientes teriam se identificado como policiais. O proprietário do posto afirmou que não havia seguranças privados no local.
— Um (nadador) ainda saiu correndo. Outro foi atrás. Eles estavam muito agressivos. O taxista que estava com eles desligou o carro e disse que não iria sair porque não queria se meter em encrenca. Cobrou a corrida e recebeu o dinheiro. Foi o que os frentistas nos contaram — contou o dono, acrescentando que os nadadores deixaram US$ 20 e R$100 para cobrir o prejuízo causado — Entregamos o dinheiro para a polícia. Esse valor não cobre os danos que tivemos. A polícia não chegou, e eles foram embora. Acho que pegaram outro táxi.
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