Entenda como o avião de Gusttavo Lima foi vendido 2 vezes para investigados
Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil do Pernambuco, por lavagem de dinheiro e organização criminosa, e conforme as investigações, ele teria vendido o mesmo jatinho duas vezes para diferentes investigados na Operação Integration.
Entenda como foram essas vendas, conforme as investigações:
1. Primeira venda (2023): O avião da empresa Balada Eventos foi vendido à Sports Entretenimento, de Darwin Henrique da Silva Filho, por US$ 6 milhões. Dois meses depois, a compra foi cancelada, alegando problemas técnicos. O contrato e distrato foram emitidos no mesmo dia, 25 de maio de 2023.
2. Segunda venda (2024): O mesmo avião foi vendido à J.M.J Participações, de José André da Rocha Neto*, por R$ 33 milhões, sem nenhum laudo que comprovasse o reparo. A transação envolveu um helicóptero que também era de Gusttavo Lima e já tinha sido comprado por outra empresa de Rocha Neto anteriormente. Na venda, o helicóptero voltou mais uma vez para o cantor.
“É uma forma de lavagem, transitar o dinheiro através de várias pessoas físicas ou jurídicas, buscando não facilitar o rastreamento deles”, disse o delegado-geral da Polícia de Pernambuco, Renato Rocha.
Segundo as investigações, ambas as vendas usaram dinheiro ilegal oriundo de jogo do bicho, jogos de azar e bets legalizadas iam todos para o mesmo caixa, misturando dinheiro legal com dinheiro do crime, para dar aparência legal e voltar limpo ao mercado.
A polícia identificou uso de dinheiro ilícito nas negociações, apontando lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima e outros envolvidos foram indiciados por lavagem e organização criminosa.
*José André da Rocha Neto é dono da Vai de Bet, empresa que Gusttavo Lima foi apontado como comprador de 25% neste ano, além de sócio oculto antes disso, o que a defesa do cantor nega. As investigações também apontaram que Gusttavo teria dado carona ao investigado no seu jatinho, durante a viagem a Grécia, da qual ele e a esposa e sócia, Aislla Sabrina, não retornaram após o mandado de prisão ser expedido, sendo considerados foragidos na ocasião.
O que diz a defesa
Em nota, a defesa de Gusttavo Lima diz "que os contratos foram feitos em nome das empresas com os seus representantes legais, o que afasta a possibilidade de lavagem de dinheiro". Os representantes do cantor ainda enviaram uma nota complementar informando que a análise dos policiais apresenta falhas ao não considerar erros de digitação e assinatura da data digital do distrato da compra de uma das aeronaves.
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