O SBT segue com uma onda de demissões de funcionários de frente e fora das câmeras. Dessa vez, uma funcionária em tratamento contra um câncer no cérebro foi dispensada.

Contratada em 2017, a ex-funcionária está em tratamento contínuo de câncer com medicação oral desde 2019. Ela relatou que o SBT permitiu a manutenção do plano de saúde por mais seis meses, mas não aceitou deixá-la vinculada apenas ao convênio, mesmo com sua disposição para continuar trabalhando. "Eles disseram que o SBT não era responsável pelo meu câncer. Saí de lá chocada, apavorada", afirmou a profissional ao Notícias da TV.

"Eles não se comoveram. Com o Silvio [Santos] não era assim. Eu pedi para me deixar só com o convênio, e eu trabalharia, mas não quiseram saber. A ordem é: custa muito caro para a emissora, mandem embora", disparou.

A demitida contatou o Sindicato dos Jornalistas e seu advogado para buscar apoio. Ela ainda destacou que o clima no setor de Jornalismo mudou drasticamente com a chegada de Leandro Cipoloni, ex-Record, como diretor nacional. "Eles andam gritando no switcher, coisa que nunca aconteceu antes. O clima é de muita tristeza e tensão."

A ex-produtora também revelou que outra funcionária, cujo irmão está em estágio terminal de câncer, foi demitida. "Minha demissão não é ilegal, mas é imoral. Eles estão querendo implementar um esquema de terror no SBT, algo que nunca existiu na emissora dos Abravanel", criticou.

Daniela Beyruti, presidente do SBT, se pronunciou nas redes sociais após a repercussão do caso. "Não estou sabendo disso. Vou investigar", escreveu no Instagram.

A reestruturação, marcada por cortes e mudanças no comando, tem sido motivo de insatisfação entre os funcionários, com acusações de falta de sensibilidade por parte da direção.

Ontem (6), a jornalista Márcia Dantas também foi demitida da emissora.