Júlio Cesar de Oliveira, acusado de divulgar um vídeo íntimo do ator Reynaldo Gianecchini, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo e pode enfrentar uma pena de até cinco anos de prisão, além de uma indenização mínima de R$ 100 mil. A promotora Ana Maria Aiello Demadis, responsável pelo caso, destacou que a conduta de Júlio foi considerada grave e prejudicial à vítima.

Segundo a  jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Júlio negou as acusações, alegando não saber como o vídeo foi parar nas redes sociais e afirmando que seu celular teria sido hackeado. No entanto, de acordo com a promotora, as provas reunidas no processo contradizem essa versão, sugerindo que o acusado teria sido o responsável pelo compartilhado do vídeo.

Além disso, a promotora relatou que as investigações apontam que Julio tentava entrar em contato com o ator "insistentente" através das redes sociais desde 2018. Apenas em 2022, Reynaldo respondeu ao acusado e os dois passaram a conversar virtualmente.

O homem passou a "enviar mensagens com conotaões sexuais, fotos dele nu" e pedia fotos do ator.  Em janeiro de 2023, quando os dois já tinham mais intimidade, Julio convenceu Gianeacchini a praticar atos libidinosos durante uma videochamada. "Sem que Reynaldo percebesse, e sem o seu consentimento, Júlio registrou a cena com seu aparelho celular", relatou a promotora.

Os dois teriam se afastado após o artista notar que Julio teria interesse "apenas em sua promoção pessoal, solicitando vídeos e postagens nas redes sociais, para conseguir mais seguidores". Segundo a promotora, o distanciamento foi o que motivo Julio a se vingar do ator e divulgar o vídeo na internet. 

"Imbuído, assim, de intuito de vingança e para humilhar a vítima, bem como visando seu intuito inicial de ganhar seguidores e fama, o denunciado resolveu divulgar o vídeo", disse a promotora.

O Ministério Público optou por não oferecer um acordo de não persecução penal, devido à falta de confissão formal de Júlio e à gravidade do ato.