Larissa Manoela está enfrentando uma batalha judicial contra a gravadora Deckdisk, em razão de um contrato assinado em 2012 por seus pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, quando ela ainda era menor de idade e eles gerenciavam sua carreira. O acordo, firmado quando a atriz tinha 11 anos, estabelece vínculo vitalício com a gravadora, impedindo-a de gravar músicas com concorrentes e prevendo uma multa alta em caso de quebra do contrato. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

No processo, que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Larissa argumenta que não tinha ciência das cláusulas do contrato e se surpreendeu ao descobrir que ele vigoraria por toda a sua vida. Além disso, a artista aponta a ausência de transparência na prestação de contas por parte da gravadora, que não é obrigada a informar os ganhos obtidos com suas músicas. Apesar de acumular cerca de 200 mil ouvintes mensais no Spotify, Larissa não tem recebido valores provenientes dessas reproduções desde que parou de gravar músicas, em 2019.

A advogada de Larissa, Patricia Proetti, classificou o contrato como abusivo e ilegal, destacando a gravidade das cláusulas. "Este contrato contém cláusula de caráter vitalício, o que é abusivo, além de ser omisso quanto à prestação de contas. Larissa jamais teve acesso a relatórios financeiros e nunca recebeu valores provenientes deste contrato", afirmou em entrevista à Folha.
Patricia também enfatizou que Larissa não tem usufruído de seus direitos sobre as plataformas digitais, cujo controle está exclusivamente nas mãos da gravadora, incluindo o acesso a mídias e canais relacionados às músicas da artista.

Em agosto de 2024, Larissa tentou obter uma liminar para rescindir o contrato e recuperar o acesso às suas plataformas de música, mas o pedido foi negado pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, que considerou o caso complexo, destacando a necessidade de analisar provas antes de tomar uma decisão.

Enquanto a disputa se desenrola, Larissa permanece impossibilitada de retomar sua carreira musical.