A morte de Silvio Santos, um ícone da televisão brasileira, gerou interesse sobre as tradições judaicas que serão seguidas em seu funeral. Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, explicou em entrevista à CNN como será realizada a cerimônia.

Embora Silvio Santos não fosse judeu ortodoxo, ele expressou o desejo de que seu funeral fosse discreto e seguisse as tradições judaicas. "Ele preserva dois aspectos fundamentais da nossa cultura: a humildade e a dignidade", disse Lottenberg.

De acordo com a tradição judaica, o enterro deve ocorrer rapidamente após o falecimento. O corpo é envolvido em uma mortalha branca, simbolizando igualdade perante a morte. No Brasil, o caixão é utilizado por exigências sanitárias, mas o sepultamento mantém a simplicidade.

Após o enterro, inicia-se um período de luto chamado Shivá, que dura sete dias. No 30º dia após a morte, realiza-se uma visita ao cemitério conhecida como Shloshim. Aproximadamente um ano depois, acontece a Matseivá, a cerimônia de inauguração do túmulo definitivo.

Lottenberg destacou a importância de respeitar a vontade de Silvio Santos quanto à discrição do funeral. “As pessoas devem homenageá-lo com respeito, que é fundamental nas relações humanas”, afirmou. 

O legado de Silvio Santos, conforme mencionado por Lottenberg, inclui sua alegria, empreendedorismo e impacto na vida das pessoas. A cerimônia, que respeita tanto a tradição judaica quanto os desejos do falecido, reflete a humildade e dignidade que marcaram sua vida.