Skank vai chegar ao fim. O vocalista e guitarrista Samuel Rosa anunciou que o ano de 2020 será o último da banda, cujos integrantes seguirão em projetos solos.  

O anúncio foi feito através de entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, divulgada na madrugada deste domingo (3).   “É uma parada sem previsão de volta”, contou ele.

Para o seu último ano, o grupo irá realizar uma turnê de despedida intitulada  "30 Anos".  “Ainda tenho pretensão de voltar a tocar com o Skank. Vislumbro isso lá na frente. Só que de uma outra forma, em outra circunstância, em algum projeto pontual.”, explicou Samuel.

^{Skank — Foto: Diego Ruahn}

Os músicos garantem que não houve briga na banda - a formação é a mesma desde 1991, quando foi fundada. Tampouco houve fracasso: “Não acreditamos que é preciso estar em baixa para dar uma parada, não precisa ser trágico, nem problemático”, disse o baixista Lelo Zaneti.  “É um grande desafio pessoal para cada um. Pode ser extremamente saudável nos reinventarmos”, completou o tecladista, Henrique Portugal.

A decisão de desmanchar o grupo partiu de Samuel Rosa. A repetição estava incomodando: “É arriscado viver a vida sem correr riscos. O Skank já não oferece mais riscos. É muito cômodo. Você repete muitas vezes com medo do novo, mas você não percebe que é nesse amparo que você está se sufocando, morrendo.”.

“Nesse sentido, várias bandas já morreram, mas nem sabem disso e continuam existindo. Muita gente acha que longevidade é sinônimo de sucesso, mas às vezes é simplesmente uma falta de assunto.”, completou.

Questionado pela reportagem sobre os colegas do Capital Inicial e Jota Quest, bandas de sucesso parecido, Samuel aconselhou:  “Eu poderia ser linchado pelo outros integrantes, mas se o Dinho [Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial] e o Rogério [Flausino, vocalista do Jota Quest] estivessem na minha frente, eu sugeriria também para eles um voo solitário.”. 

Ao longo da entrevista, Samuel Rosa reforçou que o que necessita em seu horizonte: “A juventude, para mim, é necessária. O que eu vou fazer, agora, é buscar o novo compulsivamente. Eu preciso do novo.”