MP identifica líderes da FDN responsáveis por massacre em presídios e tiroteios em Manaus
Manaus/AM - A Operação Asfixia deflagrada na manhã dessa quinta-feira (15), na capital mirou em três supostos líderes da FDN, Alan Barbosa Rolim, Anderson Barbosa Rolim e Márcio José Lopes Carneiro
que teriam ligação direta com a chacina promovida pela facção em maio deste ano nas unidades prisionais locais. Eles teriam sido autores intelectuais do massacre.
Segundo o MP, o trio atua coordenando planos e ataques ordenados de liderança maiores que estão dentro dos presídios como Zé Roberto, João Branco e outros.
De acordo com o promotor Flávio Mota, responsável pela operação, as investigações em torno do caso começaram em dezembro de 2018, quando o Ministério Público interceptou “salves”, mensagens enviadas de um grupo para outro com as ordens da liderança da facção. Neles os nomes dos três acusados aparecem com certa frequência, deixando claro o papel e autoridades deles dentro da FDN:
“Esses salves informavam que a liderança da facção local fora dos presídios seriam o Alan Rolim, enquanto que a liderança dentro dos presídios seria do Márcio Carneiro. Dentre as funções desempenadas pelo Alan seria de centralizar a arrecadação de dinheiro, o pagamento da ajuda de familiares que tem parentes presos no sistema prisional, bem como dirimir aqueles conflitos que existem entre os próprios faccionados, além de ordenar e autorizar homicídios em Manaus”.
Após a interceptação, em maio, Márcio foi transferido para um presídio federal, Alan e Anderson seguem foragidos. Outros mandados de prisão e busca e apreensão ainda devem ser cumpridos ao longo dessa quinta-feira.
Mota explica que a operação é uma espécie de dia “D” de combate às facções e que ocorre no Amazonas e em outros oito estados. Em alguns, policiais chegaram a ser presos suspeitos de atuarem como parceiros dos criminosos.
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