Manaus/AM - A polícia apresentou na manhã dessa quinta-feira (8), Milena Garcia da Silva, 19, conhecida como “Ceifadora”, ela é suspeita de decapitar um homem de 21 anos no Conjunto Viver Melhor, localizado no bairro Lagoa Azul, Zona Norte.

De acordo com o delegado Juan Valério, Milena foi presa durante a Operação “Keres”, que na mitologia grega está relacionada com as almas femininas que cometem mortes violentas. Na delegacia, Milena confessou o crime e contou que já tinha uma rixa antiga com a vítima, Rodrigo dos Santos Aranha, o “Baloteli”. Segundo ela, o mesmo já teria tentado matá-la atirando nela, mas pegou de raspão na perna e ela decidiu então se vingar.

O delegado explica ainda que Baloteli pertencia a um grupo de traficantes rival ao que comandava a área, liderado por um homem conhecido como “Plenitude” que está preso no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). Ele é um dos membros da cúpula da facção Família do Norte (FDN)

A vítima já teria se envolvido em confusões com vários integrantes do grupo e teria inclusive esnobado publicamente a autoridade de “Plenitude” na área. A história chegou aos ouvidos do chefe do tráfico e ele emitiu a ordem de executar “Baloteli”.

Valério revela quedos desafetos se reuniram e tudo foi detalhadamente planejado. Cada participante da facção teria um papel específico na captura e execução da vítima: “Todos se reuniram após a festa no bar do DJ, na casa do “Betinho”, onde todos delimitaram suas funções, quem iria dirigir o carro para pegar o Baloteli, as meninas que iam ficar de olho quando ele estivesse na rua, quem iria executar, quem iria enterrar, ou seja, dividiram todas as tarefas da execução”.

Rodrigo foi pego por quatro homens em via pública, eles o obrigaram a entrar e o levaram para o Balneário das Gêmeas, onde outro participante identificado como Janderson e a “Ceifadora” o aguardavam para a execução. Ele foi esfaqueado várias vezes e Milena fez questão de arrancar a cabeça, como forma de se vingar.

O corpo chegou a ser enterrado no local, mas os suspeitos mudaram de ideia e resolveram desenterrar e abandonar a vítima exposta. Enquanto deixavam o local, o grupo foi visto por testemunhas com a cabeça nas mãos. O membro foi levado para uma quadra de futebol e feito de bola pelos executores que a chutavam e se divertiam com a situação.

Ao todo 11 pessoas participaram do crime, inclusive duas menores, uma de 14 e outra de 17 anos, além delas outras quatro mulheres também estão entre os suspeitos. Cinco foram presos e seis permanecem foragidos até o momento. A polícia montou um organograma com as funções de cada participante e a foto dos foragidos para que a população denuncie, caso sabem o paradeiro deles, confira: