Acessos de fúria? Você pode estar sofrendo com a Síndrome de Hulk
Você já ouviu falar em Síndrome de Hulk? Não? Pois é, mas ela existe e pode trazer sérias consequências a quem sofre com o problema. Acessos de raiva, descontrole emocional e agressão física são apenas alguns dos efeitos que essa síndrome pode apresentar, mas para entender melhor o que é e como se desenvolve, vamos contar coma ajuda da psicóloga do Hapvida Sarah Lopes.
A especialista explica que “a síndrome do Hulk, também conhecida como Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), é caracterizada pela explosão momentânea que alguns indivíduos possuem sem que exista um motivo real, ou seja, há uma explosão e um excesso de raiva desproporcional, causando a perda de controle dos impulsos agressivos que podem ser desde a fala, até a ação”.
A pessoa que possui o transtorno tende a perder a paciência com extrema facilidade e normalmente procura revidar em tempo real aquilo que entende como provocação. As consequências podem ser arrasadoras, como conta a especialista:
“As consequências de seus episódios agressivos podem trazer vários prejuízos profissionais, onde a pessoa pode até ser boa no que faz, mas possui dificuldade em lidar com situações adversas e, consequentemente, explode com as pessoas, possuindo dificuldades interpessoais também. É comum ainda que os indivíduos que sofrem com esta síndrome responda a processos criminais de ameaça ou trabalhistas, o que consequentemente acarretará em problemas financeiros”.
No Brasil, pouco se sabe sobre o assunto, mas nos Estados Unidos, só no ano passado foi a síndrome foi diagnosticada em cerca de 2,7% da população. Mas calma, segundo Sarah, existe um tratamento para o problema:
“O tratamento para a síndrome do Hulk é feito especificamente através do controle dos impulsos agressivos, entretanto, as pessoas que têm esta síndrome não reconhecem que têm problemas ou não percebem o quanto sua reação é desproporcional, até porque, logo após um excesso de explosão, é comum o indivíduo agir normalmente, como se nada tivesse acontecido. Assim, um profissional habilitado poderá fazer com que ele perceba essa necessidade, e passe a controlar melhor a sua agressividade”.
A psicóloga destaca ainda a participação da família nesse processo e lembra que o diagnóstico não pode e nem deve ser feito de forma generalizada, mas por um profissional habilitado que vai avaliar o histórico do paciente. E lembre-se, nem toda pessoa impaciente ou agressiva tem necessariamente esta síndrome, daí a importância da avalição profissional.
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