Trump ataca Síria apoiado por Reino Unido e França
WASHINGTON - O presidente Donald Trump anunciou na noite desta sexta-feira um ataque militar à Síria, com lançamentos de mísseis contra o programa de armas químicas do regime em resposta ao suposto ataque químico em Douma, na região de Ghouta Oriental, subúrbio de Damasco.
Em pronunciamento pela TV, ele disse que os ataques têm o apoio militar da França e do Reino Unido. Falou também em uma ofensiva "sustentada", sugerindo que ela poderia durar vários dias. Ele se dirigiu diretamente ao Irã e a Rússia, que apoiam o governo de Bashar al-Assad, e perguntou "que tipo de nação quer estar associada diretamente com matanças massivas de homens, mulheres e crianças".
Logo depois do anúncio de Trump, seis explosões foram ouvidas em Damasco. O ataque acontece a partir de navios e aviões de combate, que no entanto não entram no espaço aéreo sírio, segundo a emissora CNN. Mais cedo, a agência Reuters havia informado que havia divergências entre Trump e seu secretário da Defesa, Jim Mattis. Enquanto Trump queria uma ofensiva mais ampla, Mattis sugeria um ataque de menor escala, semelhante ao que já foi lançado pelos Estados Unidos no ano passado.
O suposto ataque químico foi denunciado no sábado pelos Capacetes Brancos, serviço de defesa civil que atua em áreas onde atuam grupos armados da oposição a Assad. Tanto Assad quanto a Rússia haviam negado a autoria do ataque, e inspetores da Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) deveriam chegar neste sábado à Síria para recolher material no local do suposto ataque e analisá-lo, de maneira a confirmar ou não ou uso de armas químicas.
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