Monte Horebe: Moradores que descumpriam ordens de facção iam para ‘Tribunal do crime’
Manaus/AM - Uma investigação realizada pela Polícia Civil do Amazonas revelou como funcionava o Tribunal do Crime, na invasão Monte Horebe, localizada no bairro Lago Azul, zona Norte de Manaus.
De acordo com o Delegado Sinval Barroso, titular do Departamento de repressão ao Crime Organizado (DRCO), membros de facções cobravam cerca de R$ 3 a R$ 5 mil reais para os moradores ‘darem entrada’ na invasão. Depois eram cobrados R$ 30 por mês por serviços de luz e água, ambos clandestinos. Além disso, todos tinham que comprar gás de um fornecedor ligado ao tráfico. Quem descumprisse alguma das ordens era passível de “julgamento”.
Criminosos levavam as vítimas a uma área de mata, onde elas eram torturadas ou até mesmo mortas. No local, que funcionava como um cemitério clandestino, membros de facções rivais também eram levados para morrer e serem enterrados.
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