Saiba previsão da cheia do Rio Negro em Manaus este ano
A cheia do Rio Negro, na região de Manaus, deve atingir este ano 28,49 metros, em média, cota considerada dentro dos limites normais e não provocados. Ele indica o modelo matemático de previsão de países pesquisado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa / MCTIC), doutorado em ciências florestais Jochen Schöartart, vice-coordenador do Grupo de Pesquisa em Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (Mauá ).
O pico da região cheia geralmente é definido em junho. O valor previsto no modelo aperfeiçoado em 2012 tem uma margem de erro de 30 cntímetros para cima ou para baixo, com uma cota máxima em 2020, podendo variar de 28,19 ma 28,79 m. Com isso, o valor do nível máximo de água fica abaixo da faixa de emergência do Rio Negro, que é de 29 metros.
“A cheia deste ano pode ser considerada dentro do desvio padrão da média dos níveis máximos mínimos (27,90 ± 1,15 metros) com base na série de dados históricos disponíveis para o Porto de Manaus desde 1903”, explicou Schöngart.
Segundo ou pesquisador, apesar de não ser considerado o maior impacto socioeconômico na região urbana e nas zonas rurais, numa extensão aproximada de 100 milhas abaixo e acima de Manaus. “Recomendamos, no entanto, considerar o monitoramento de enchentes e executar pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) nos próximos meses”, destacou.
A previsão de Schöngart é publicada três meses antes do pico de enchimento para as autoridades e as estatísticas que podem ser preparadas. Com uma cota prevista para este ano, nenhum momento é necessário para os órgãos responsáveis.
Cheias severas com menos frequência
Nos próximos anos, as cheias severas possivelmente devem ocorrer com menos frequência e magnitude em comparação com a última década, quando a cota de emergência foi alcançada ou ultrapassada nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015, 2017 e 2019 causando significativos impactos socioeconômicos nas zonas urbanas e rurais da região. O severo aumento na frequência e magnitude de cheias foi explicado pelo aquecimento do Atlântico Tropical e esfriamento do Pacífico Equatorial Leste durante os últimos 20 a 25 anos, resultando numa intensificação da Célula de Walker que é uma ponte atmosférica entre o Pacífico e Atlântico resultando em mais convecção de nuvens e aumento de chuvas na Bacia Amazônica.
Com informações do Inpa
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