14 linhas do transporte coletivo paralisam em Manaus
Mais de 15 mil pessoas foram prejudicadas na tarde desta quarta-feira (27), devido uma paralisação realizada por membros do Sindicato dos Rodoviários a 14 linhas da empresa Líder Transportes, que atende bairros da zona Norte de Manaus. A paralisação teve início por volta de 14h e terminou às 17h.
Segundo informações da empresa, o motivo seria em retaliação ao não acordo em relação ao dissídio coletivo 2016/2017 da categoria, cuja data base é dia 1º de maio. A mesma desculpa foi utilizada ontem (26), quando os sindicalistas paralisaram quatro linhas da empresa viação São Pedro e deixaram cerca de 5 mil pessoas prejudicadas.
De acordo com a empresa, a assessoria jurídica do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) foi comunicada e vai acionar a justiça, já que a paralisação não foi avisada com antecedência e os usuários que dependem das linhas foram pegos de surpresa.
Proposta
Na última segunda-feira (25) o Sinetram se reuniu com representantes do sindicato dos rodoviários, para discutir propostas do dissídio coletivo dos trabalhadores, mas não houve acordo e as negociações devem continuar. Os sindicalistas pleiteiam um reajuste de 20%, porém, com a grave crise econômica por que passa o sistema de transporte e o país, é muito difícil um reajuste, muito menos nesse nível.
Atualmente o salário dos motoristas é de R$ 2.093,98, cobrador R$ 1.046,98, administrador de linha R$ 2.293,54, tíquete alimentação e vale-lanche diários de R$ 12,50 e R$ 6,50, respectivamente, cesta básica de R$ 210,60, além do plano de saúde.
Liminar
Ainda na noite da última segunda-feira (25), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatou o pedido feito pelo Sinetram e estabeleceu que 70% da frota operasse normalmente nos horários de pico caso o Sindicato dos Rodoviários realizassem algum movimento paredista nesta terça-feira (26). Caso houvesse o descumprimento da decisão judicial, o sindicato dos trabalhadores poderia ser multado em R$ 50 mil por hora e R$ 100 mil por empresa, caso impedisse a saída dos ônibus.
*Informações da assessoria
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