Policial envolvido em agressões contra babá e advogado pode ser exonerado pela 2ª vez, diz delegado
Manaus/AM - A Polícia Civil concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (21), sobre o caso de agressão envolvendo o investigador da corporação, Raimundo Nonato Machado e a esposa dele Jussana Machado, contra um advogado e uma babá em um condomínio na Ponta Negra.
Durante a coletiva, a PC afirmou que Raimundo está afastado do cargo e que a Corregedoria já abriu um inquérito para apurar a conduta do agente.
Segundo o delegado geral Bruno Fraga, a PC também vai abrir uma investigação interna que pode resultar na expulsão do acusado. “O inquérito vai transcorrer e tudo que for relacionado aquela covardia será entregue à Justiça. E a parte administrativa da conduta do policial, também será aberto um inquérito disciplinar que pode culminar sim com a expulsão. Mas, toda essa conclusão só pode ser feita ao final do procedimento”, afirma Bruno.
Outro fator que foi esclarecido pela PC foram ao teor das acusações às quais Raimundo Nonato e Jussana respondem. Segundo o delegado Daniel Leão, supervisor da PC, o investigador responde como coautor da agressão contra a babá, como autor da violência contra o advogado Ygor Colares.
A esposa dele, Jussana, responde pela agressão contra a babá e lesão corporal contra Ygor, uma vez que ela atirou e feriu o advogado na perna.
“Ele (Raimundo), não encostou um dedo na babá, mas ele vai responder pelas lesões porque a omissão dele foi penalizada relevante. Ele vai responder por lesão corporal perpetrada contra o advogado Ygor (...) Com relação ao disparo, a esposa dele vai responder pelo disparo, por porte, pela lesão e pela ameaça”, explica.
A PC destaca ainda que no decorrer do processo, análise das imagens, depoimentos de vítimas e testemunhas, podem ser inseridas outras tipificações contra o casal.
Vale frisar que Raimundo Nonato já tinha sido exonerado do cargo em 2010, mas foi restituído ao mesmo por meio de decisão judicial. Questionada sobre o motivo da exoneração, a Polícia Civil afirmou que não tem conhecimento da motivação.
“Nós não temos o conhecimento do fato em si e do que levou o policial a retornar para a instituição, mas foi uma decisão judicial. Ele havia sido retirado da polícia, e por uma determinação judicial, ele foi reintegrado”, disse o delegado Guilherme Torres.
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