Sabino, Sergio Bringel e Lino Chíxaro são denunciados em 4ª fase da Operação Maus Caminhos
Manaus/AM - O Procurador da República, Alexandre, apresentou na tarde desta segunda-feira (25) as atualizações sobre a 4ª fase da operação Maus Caminhos. Foram 21 denuncias nesta quarta fase, sendo 7 por peculato, 2 por organização criminosa, 10 dispensa indevida de licitação e contratação direta, duas de tráfico de influência. Com essas denúncias, chega-se e mais de R$ 100 milhões desviados da saúde pública do Amazonas.
Em aprofundamento foi identificado que Alessandro Pacheco (já está preso), comandava outras empresas que também devolviam o dinheiro a Priscila Marcolino Coutinho, cunhada de Mouhamed Moustafa
Marco Barbosa, Jonatan (JB produções) e Márcio Silva (MRS Segurança), também foram alvos da operação e denunciados por compor a organização criminosa. Sergio Bringel (Bioplus), também foi denunciado por compor a organização criminosa. segundo o procurador, ele não devolvia nenhum dos valores que recebia em excesso, por serviços prestados em Tabatinga. Edson Tadeu da ME Alimentos de devolvia a Afonso Lobo. Já Daniel Roger, da SJ Atividade Médica, não realizava o repasse de dinheiro, por acordo com Mohamed o dinheiro recebido era pra enriquecimento próprio.
Envolvimento de Sabino Castelo Branco
A empresa de segurança onde Débora, ex- assessora parlamentar era sócia e prestava serviços para o Instituto Novos Caminhos, porém o dinheiro não era repassado a Mouhamed, mas a Sabino. Contatou-se que Debora seria laranja para Sabino e que ele teria prestado serviços de forma fraudulenta, além disso, obteve um contrato de prestações de serviços a diversas unidades de saúde da capital, que rendia à Total Saúde um faturamento mensal superior à R$ 3 milhões. Em 14 meses, Sabino recebeu a quantia de R$ 300 mil.
Lino Chíxaro exercia o lobby ilícito. Lino preparou um ofício onde Pedro Elias (até então secretário de Saúde) Encaminha a solicitação ao Procurador Geral do Estado, para que intercedesse à CGU e orgãos público para que parasse a investigação. no sentido de que não haveria verbas federais e portanto a CGU não teria competência para a investigação. Além disso, Lino é acusado de tentativa de obstrução de justiça, pois tentava com que a Procuradoria Geral da União do Amazonas fizesse ‘vistas grossas’ perante aos crimes praticados pela organização criminosa.
Josenir Teixeira, advogado paulista, foi denunciado por fazer parte da organização criminosa e tentativa de obstrução de justiça . A função dele era prestar consultoria a Mouhamed sobre como retirar recursos das organizações sociais, sem levantar suspeitas. Em uma dessas consultorias, Josenir teria dito para Mouhamed que “até o errado precisa ser muito bem feito”.
As assessorias de Sergio Bringel e Lino Chíxaro, se manifestaram sobre o caso. Confira:
1- "COMUNICADO
Em relação à coletiva de Imprensa realizada hoje (25), pelo Ministério Público Federal, a direção da Bioplus informa que:
1. Refuta quaisquer acusações de participação de seu sócio-proprietário, Sérgio Bringel, e de um ex-executivo em organização criminosa. E, esclarece, que não há nos autos do inquérito sequer indícios de atividade ilícita nos seus serviços prestados, tanto em sua atividade privada quanto em seus contratos com a administração pública;
2. Informa, ainda, que possui mais de dez anos de mercado e é referência no Norte do Brasil no segmento que atua, utilizando pessoal técnico especializado e equipamentos de ponta.
A direção."
2-
"COMUNICADO
Em relação a denúncia apresentada hoje (25), pelo Ministério Público Federal, a defesa do advogado Lino Chíxaro esclarece que:
a. O escritório jurídico, do qual o advogado Lino Chíxaro era sócio, prestou assessoria jurídica real e de fato para o Instituto Novos Caminhos (INC), incluindo contatos com agentes públicos, inerentes ao exercício da função, por meio de petições escritas ou verbais, sem qualquer tipo de tráfico de influência. E, portanto, recebeu legítima e legalmente pelos honorários dos serviços prestados, cujos valores obedeceram a lei do livre acordo de preços que rege a iniciativa privada;
b. A casa adquirida pelo advogado Lino Chíxaro foi comprada e declarada em seu Imposto de Renda, demonstrando a legalidade da referida transação comercial, com recursos resultantes de empréstimos comprovadamente quitados em 2017;
c. Todos os documentos necessários para assegurar o esclarecimento dos fatos ao caso serão apresentados à Justiça no momento devido, com a segurança de que a verdade irá prevalecer.
d. Lino Chíxaro reitera ainda que nunca ultrapassou a barreira do institucional em sua conduta de trabalho, seja nas reuniões com secretários de Estado ou demais autoridades, muitas vezes até reivindicando posições, mas tudo na maior lisura que lhe respalda sua profissão.
Advogados de Defesa."
ASSUNTOS: maus caminhos, Policial