Apoiadores de Evo Morales tomam quartel na Bolívia e mantêm militares reféns
Apoiadores do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, ocuparam nesta sexta-feira (1), um quartel na cidade de Cochabamba, mantendo pelo menos 20 militares reféns, entre eles oficiais e soldados. As Forças Armadas bolivianas emitiram um comunicado denunciando a ação como resultado de "grupos armados irregulares" que sequestraram o pessoal militar, armamento e munição.
A invasão ao quartel é uma retaliação à intervenção policial e militar contra bloqueios de estradas promovidos pelos manifestantes, que buscam evitar uma possível prisão de Morales, alvo de acusações de estupro que ele nega. Vídeos nas redes sociais mostram militares cercados por camponeses armados com paus, enquanto relatórios indicam que água e energia foram cortadas do local.
Os protestos em apoio a Morales já duram 19 dias, durante os quais os manifestantes bloquearam rodovias em todo o país. A situação se intensificou após um ataque a tiros sofrido por Morales no dia 27 de outubro, que ele classificou como uma tentativa de assassinato.
As Forças Armadas fizeram um apelo aos invasores para que abandonem o quartel de forma pacífica, advertindo sobre as consequências de suas ações.
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