Assassinato de advogada desencadeia escândalo de prostituição no Congresso do Peru

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O Ministério Público do Peru está investigando um escândalo envolvendo uma rede de prostituição dentro do Congresso, onde parlamentares trocavam votos por favores sexuais. A descoberta começou após o assassinato de Andrea Vidal, advogada que trabalhava no parlamento, em um ataque a tiros em Lima. Os criminosos dispararam cerca de 60 vezes. Segundo os investigadores, ela era responsável por recrutar mulheres que, sob falsas funções de secretárias ou assistentes, se envolviam com deputados em troca de apoio político.
Jorge Torres Saravia, ex-assessor jurídico do Congresso e membro do partido de centro-direita APP (Aliança Pelo Progresso), é apontado como o principal responsável pela rede de exploração sexual. Saravia negou as acusações, afirmando estar chocado e indignado com as alegações, que incluem acusações de cafetinagem, estupro e até assassinato. Ele ainda afirmou que as acusações contra ele são infundadas.

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De acordo com o Ministério Público, a advogada Andrea Vidal fazia parte da rede, sendo responsável por contratar as mulheres para trabalhar em cargos administrativos falsos. A situação é ainda mais grave devido ao envolvimento de figuras políticas de destaque, como o empresário e político César Acuña, líder do partido APP e atual governador do departamento de La Libertad, que também está sendo investigado.
O escândalo ocorre em um momento de crise política no Peru, com o Congresso sofrendo uma aprovação extremamente baixa da população, que não chega a 6%. A situação tem gerado repercussão tanto no cenário político quanto na opinião pública, que exige medidas drásticas para resolver o caso e restaurar a confiança nas instituições políticas do país.
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