Bebês morrem congelados em abrigo na Faixa de Gaza
O inverno rigoroso que assola a Faixa de Gaza transformou-se em uma nova ameaça à vida de milhares de palestinos deslocados pela guerra. A morte de pelo menos seis pessoas, incluindo os bebês, por hipotermia nos últimos dias, expôs a fragilidade da população civil e a gravidade da crise humanitária no enclave.
Uma família perdeu um bebê e um dia depois o segundo também faleceu. Segundo Yahya al-Batran, pai dos bebês gêmeos falecidos, ele encontrou seu segundo filho, Jumaa, congelado dentro da tenda onde a família buscava abrigo. "Ele estava branco e congelando como neve, como gelo", disse ele à Reuters.
A guerra entre Israel e grupos palestinos, que já dura mais de um ano, destruiu milhares de casas e deslocou cerca de 90% da população de Gaza. Com as temperaturas em queda e as chuvas intensas, os abrigos improvisados, como tendas e escolas, não oferecem proteção suficiente contra o frio.
O bloqueio israelense a Gaza, em vigor há anos, impede a entrada de muitos materiais de construção, alimentos e medicamentos, dificultando ainda mais a resposta humanitária. Embora Israel afirme permitir a entrada de ajuda humanitária, agências internacionais denunciam que as restrições impostas pelas forças israelenses têm atrasado a entrega de suprimentos essenciais.
Organizações humanitárias e líderes mundiais têm feito apelos urgentes para que a comunidade internacional aumente a ajuda humanitária a Gaza e pressione por um cessar-fogo imediato. A falta de acesso a eletricidade e combustível também agrava a situação, dificultando o aquecimento de casas e hospitais.
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