China reage a Trump e diz que país deve parar com 'ameaças e chantagens'

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O governo da China afirmou nesta quarta-feira (16) que os Estados Unidos devem abandonar a estratégia de “pressão máxima” se quiserem avançar em um acordo comercial. A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, em meio à escalada da guerra tarifária entre os dois países.
“A China não quer uma briga, mas também não tem medo de uma”, afirmou o porta-voz, durante uma coletiva de imprensa. Ele ainda disse que as ameaças e chantagens por parte dos EUA devem cessar para que haja espaço para diálogo.

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A declaração acontece um dia após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que o presidente Donald Trump não vê necessidade de firmar um acordo comercial com os chineses. “A bola está com a China. Eles precisam fazer um acordo conosco. Nós não precisamos fazer um acordo com eles”, disse Trump, segundo Leavitt. “A China quer o que nós temos... o consumidor americano.”
A tensão entre as duas potências aumentou nas últimas semanas. No início de abril, Trump anunciou novas tarifas contra produtos chineses e de outros países. A medida foi parcialmente revista dias depois, com uma redução temporária das tarifas por 90 dias para permitir negociações.
Mesmo assim, as taxas contra produtos chineses voltaram a subir. Os EUA agora aplicam tarifas de até 245% sobre itens importados da China — com exceção de eletrônicos, como smartphones e laptops. Em resposta, Pequim impôs tarifas de até 125% sobre produtos americanos.
A China também suspendeu a entrega de jatos da fabricante americana Boeing, como retaliação ao aumento das tarifas por parte do governo Trump.
Apesar das tensões, a Casa Branca afirmou que ainda espera uma ligação da China para retomar as negociações.

ASSUNTOS: Mundo