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Democratas pedem a Trump que reavalie nomeação de genro

Por Agência O Globo

10/01/2017 7h01 — em
Mundo


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WASHINGTON — Um grupo de democratas pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que reavalie a nomeação de seu genro para assessor de alto escalão durante seu mandato na Casa Branca, levantando preocupações sobre nepotismo e conflitos de interesses. Os congressistas querem que o Departamento de Justiça e o Departamento de Ética Governamental examinem questões legais relacionadas à indicação de Jared Kushner. O advogado do genro diz que o posto não viola as leis contra o nepotismo.

Em uma carta, os democratas, todos membros do Comitê Judiciário da Câmara, argumentam que o estatuto federal anti-nepotismo de 1967 se aplica ao pessoal que trabalha na Casa Branca, uma posição rejeitada pela equipe de Trump. O grupo também levanta questões sobre como Kushner poderia completamente evitar conflitos de interesse em seu papel no Executivo.

Segundo a imprensa americana, a posição tornaria Kushner uma das pessoas mais influentes no círculo de aliados próximos de Trump no governo. Aos 35 anos, ele é casado com Ivanka Trump, filha do presidente eleito, e tem a sua própria fortuna, estimada em US$ 200 milhões. O milionário já estaria organizando os detalhes para nomear a sua própria equipe no governo.

De acordo com o “New York Times”, Kushner e Ivanka compraram recentemente uma casa em Washington, e o genro do presidente eleito já se afastou do cargo de diretor-executivo do conglomerado empresarial de sua família.

Além de potenciais acusações de nepotismo, Kushner terá que lidar com um possível conflito de interesses porque atualmente há negociações em curso entre os Kushner e investidores chineses ligados ao regime comunista, advertiu o "NYT". Uma lei de 1967 proíbe funcionários públicos em agências e escritórios do governo de contratarem familiares, inclusive genros e noras. Alguns advogados especializados, no entanto, afirmam que, juridicamente, a Casa Branca estaria isenta do alcance da lei.

Trump será empossado como o 45º presidente dos EUA em 20 de janeiro, e várias de suas nomeações terão de ser aprovadas pelo Senado. A escolha de Trump para procurador-geral, o senador de Alabama Jeff Sessions, é a primeira a enfrentar audiências de confirmação na casa legislativa nesta terça-feira. Sessions foi rejeitado por um juiz federal em 1986 por causa de supostos comentários racistas.


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