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Documentos secretos sobre assassinato de John F. Kennedy mencionam Brasil; veja

Por Portal Do Holanda

19/03/2025 11h36 — em
Mundo


Foto: Reprodução/Youtube

O governo dos Estados Unidos divulgou, na terça-feira (18), mais de 2 mil documentos relacionados às investigações do assassinato do presidente John F. Kennedy, ocorrido em 1963. Entre os arquivos, o Brasil é citado em contextos que abordam a influência de Cuba e China na América Latina, especialmente durante a Guerra Fria. A liberação dos documentos foi autorizada pelo ex-presidente Donald Trump em janeiro deste ano e inclui relatórios de diversas agências, como a CIA. 

Telegrama da CIA que relata que Brizola recusou ajuda de China e Cuba — Foto: Reprodução

Um dos documentos destaca que Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, recusou apoio oferecido por Cuba e China em agosto de 1961. O telegrama da CIA relata que Brizola estava empenhado em garantir a ascensão de João Goulart à presidência após a renúncia de Jânio Quadros, temendo que aceitar a ajuda estrangeira pudesse resultar em uma crise nas relações internacionais do Brasil e em uma possível intervenção dos Estados Unidos. 

Arquivos sobre Cuba — Foto: Reprodução

Além disso, arquivos de janeiro de 1962 detalham operações da CIA destinadas a sabotar o governo cubano. Esses documentos indicam que os Estados Unidos planejavam ações para iniciar um movimento de resistência em Cuba, enquanto também realizavam campanhas de propaganda em vários países da América Latina, incluindo o Brasil, para conter a influência cubana. 

Brasil é citado em documento sobre Cuba — Foto: Reprodução

Outros registros da CIA mencionam tentativas de Cuba de influenciar a política brasileira após o golpe militar de 1964. Apesar dos esforços cubanos, os documentos afirmam que essas iniciativas falharam e que a derrubada do governo de João Goulart foi considerada uma derrota significativa para Havana. O material revela ainda que diplomatas brasileiros podem ter sido utilizados para facilitar comunicações entre agentes cubanos e americanos, o que destaca o entrelaçamento das relações internacionais durante esse período turbulento da história.

Assassinato de JFK 

John F. Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas, aos 46 anos. Naquele dia, Kennedy desfilava em um carro aberto em Dealey Plaza, acompanhado de sua esposa, Jacqueline Kennedy Onassis, e do governador do Texas, John Connally, quando foi atingido por dois tiros de um fuzil Mannlicher-Carcano. Lee Oswald, um ex-fuzileiro naval, foi identificado como o responsável pelos disparos. Em 1964, a Comissão Warren concluiu que Oswald agiu sozinho, uma versão contestada até hoje por diversos teóricos da conspiração e escritores.

Entre as teorias mais recorrentes está a de que Kennedy foi assassinado a mando do governo cubano, liderado por Fidel Castro, uma hipótese que ganhou força após a CIA ter tentado, em várias ocasiões, assassinar Castro. A conexão de Oswald com Cuba é reforçada pelo fato de ele ter desertado para a União Soviética e criado uma filial do Fair Play for Cuba Committee. Outra teoria sugere que o vice-presidente Lyndon B. Johnson poderia estar envolvido, desejando ascender ao poder com a ajuda da CIA e de George H. W. Bush. No entanto, essas alegações nunca foram comprovadas, e as investigações oficiais reafirmaram que Oswald foi o único responsável pelo assassinato de Kennedy.


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