SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O governo dos Estados Unidos planeja dar um ultimato a Israel e Hamas na próxima proposta de cessar-fogo em Gaza, apurou o jornal The Washington Post.

EUA conversam com Egito e Catar sobre os detalhes de um acordo final, do tipo "pegue ou deixe". Se um dos dois lados não aceitar, os americanos devem deixar de liderar as negociações de paz, afirmou um alto funcionário sob a condição de anonimato ao Washington Post.

A descoberta dos corpos de seis reféns no domingo (1º) em um túnel em Rafah aumentou a urgência por um acordo. As Forças de Defesa de Israel e os EUA acreditam que os reféns foram mortos por terroristas pouco antes dos corpos serem encontrados.

"Você não pode continuar negociando isso. Esse processo tem que ser encerrado em algum momento", disse o funcionário. Biden e seus principais assessores trabalham há meses para chegar a um acordo entre Israel e o Hamas.

Primeiro-ministro de Israel enfrenta a pressão da população. Cerca de 700 mil manifestantes foram às ruas de Tel Aviv e outras cidades israelenses no domingo (1º) após a descoberta dos corpos. Parte deles culpa Benjamin Netanyahu pelo fracasso nas negociações com o Hamas e a morte dos reféns.

Sindicais fazem hoje greve geral para pressionar governo Netanyahu. A manifestação pede que o governo do premiê Benjamin Netanyahu chegue a um acordo para a libertação dos reféns do grupo Hamas e afeta desde escolas, bancos, universidades e escritórios do governo até o transporte público.

Netanyahu diz que só descansará quando capturar os responsáveis pela morte dos seis reféns. Ele diz que Israel está comprometido a chegar a um acordo com Hamas, mas que "quem mata reféns não quer um acordo".