O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (14) a expulsão do embaixador da África do Sul, Ebrahim Rasool, após uma série de acusações envolvendo questões raciais. Em uma publicação, Rubio afirmou que Rasool havia “explorado questões raciais” e demonstrado “ódio pela América e pelo ex-presidente Donald Trump”. A medida ocorre em meio a uma crescente tensão entre os dois países, que se intensificou nas últimas semanas.

A crise diplomática entre os Estados Unidos e a África do Sul se agravou em fevereiro, quando o governo americano cortou a ajuda financeira ao país africano, acusando-o de discriminação contra brancos, especialmente em relação à reforma agrária sul-africana. Em seu anúncio, Rubio compartilhou um artigo do site Breitbart, alinhado ao ex-presidente Trump, que citava declarações de Rasool, que acusou Trump de liderar um movimento de supremacia branca.

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“Não temos nada a discutir com o embaixador da África do Sul. Ele não é mais bem-vindo no nosso grande país”, escreveu Rubio, ao anunciar a decisão. O embaixador será considerado persona non grata e deverá deixar os Estados Unidos.

Rasool, que iniciou sua missão diplomática em Washington em janeiro de 2025, teve suas credenciais apresentadas ao então presidente Joe Biden. No entanto, suas relações com os EUA já estavam tensas devido à política de reforma agrária implementada pelo governo sul-africano, que visa corrigir desigualdades históricas no acesso à terra, com a maioria das propriedades agrícolas do país ainda nas mãos da população branca.

O bilionário sul-africano Elon Musk, conhecido por seu apoio a Trump, também criticou a reforma agrária, alegando que ela representa uma forma de “racismo legalizado” contra os brancos.

Essa expulsão marca mais um capítulo da turbulenta relação entre os dois países e gera mais dúvidas sobre a futura cooperação diplomática entre eles.