Israel admite "falha" após morte de 15 médicos em ambulância na faixa de Gaza
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This video was discovered on the cellphone of a paramedic who was found along with 14 other Palestinian rescue and medical workers in a mass grave in Gaza.
— Drop Site (@DropSiteNews) April 5, 2025
The Red Cross and Red Crescent Societies presented it to the UN Security Council this week. https://t.co/FozXtJ3Nsb
O Exército de Israel divulgou neste domingo (20) os resultados da investigação sobre o ataque a uma ambulância em Gaza que matou 15 médicos em 23 de março. Integrantes da Cruz Vermelha, os médicos foram assassinados a tiros durante uma ronda em ambulância no sul da Faixa de Gaza e seus corpos foram encontrados em uma cova rasa.
O relatório de Israel admitiu "falhas operacionais" e a demissão de um subcomandante, mas negou que tenha havido execuções intencionais. As tropas alegaram que os veículos atacados não estavam devidamente identificados e se aproximaram de forma suspeita, embora um vídeo recuperado do celular de uma vítima mostre os socorristas uniformizados em ambulâncias claramente marcadas sendo alvejados enquanto prestavam socorro.

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Autópsias realizadas nos corpos dos médicos e obtidas pelo The New York Times revelaram que as mortes ocorreram por tiros na cabeça ou no peito, levantando questionamentos sobre a alegação de "erro não intencional". A ONU e a Cruz Vermelha condenaram o ataque, destacando que os profissionais usavam coletes e emblemas de identificação. "Eles vieram para salvar vidas. Em vez disso, acabaram em uma vala comum", declarou Jonathan Whittall, da UNOCHA, após os corpos serem encontrados em uma cova rasa junto com veículos destruídos.
Sem apresentar provas concretas, o porta-voz militar israelense, Nadav Shoshani, afirmou que os soldados agiram contra "terroristas" que supostamente se misturavam aos socorristas. O relatório classificou o incidente como um "mal-entendido" devido à baixa visibilidade noturna, mas reconheceu a destruição injustificada dos veículos e a falha em reportar o ocorrido. Um oficial foi repreendido e outro demitido, medidas consideradas insuficientes por organizações humanitárias, que exigem uma investigação internacional independente.
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