Lituânia acusa Putin de ter 'planos maiores' após guerra na Ucrânia
ouça este conteúdo
|
readme
|
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, acusou nesta segunda-feira (30) o seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, de "obviamente ter planos maiores" após ter começado a guerra com a Ucrânia, em 24 de fevereiro. A declaração foi dada pelo líder lituano durante sua fala na assembleia da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Crime organizado comanda invasões para ampliar território em Manaus
"Putin começou com a Ucrânia, mas, obviamente, ele tem planos maiores. Como destruir toda a arquitetura de segurança euro-atlântica", afirmou Nauseda.
Países membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos se reúnem nesta segunda (30) e o encontro contou com a presença de autoridades da Ucrânia, Suécia e Finlândia. Os últimos dois países dão seus últimos passos ingressarem na Otan, mas enfrentam resistência da Turquia.
Apesar disso, o presidente da Lituânia também disse que a Ucrânia deve se sentir parte da família europeia e euro-atlântica.
"Em primeiro lugar, devemos perceber que a ameaça russa não desaparecerá nos próximos anos. Portanto, devemos nomear claramente a Rússia como uma ameaça chave e de longo prazo para toda a área euro-atlântica", acrescentou.
Durante a assembleia da Otan, outros países também se manifestaram a favor da aproximação da Ucrânia com o bloco. Em seu discurso, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que o apoio da Otan à Ucrânia é "inquebrável".
As forças russas realizaram nesta segunda-feira (30) uma ação ofensiva nos arredores de Sievierodonetsk, cidade na região de Lugansk, leste da Ucrânia. Ao menos dois civis morreram, segundo o serviço de emergências e o governador da região, Sergey Gaidai. "Os russos entraram nos arredores de Sievierodonetsk, mataram dois cidadãos, feriram cinco", disse Gaidai.
De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, "o inimigo está fixado nos arredores nordeste e sudeste de Sievierodonetsk". "Para fortalecer o grupo de tropas, ele transferiu munições e equipamentos do território da Federação Russa para certas áreas", disse o relatório.
Segundo Gaidai, a Rússia "usou todas as armas possíveis, usa aeronaves". O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta segunda-feira (30) que atacou "veículos aéreos não tripulados ucranianos" na região.

ASSUNTOS: Mundo