SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Líderes internacionais parabenizaram Daniel Noboa por sua reeleição à Presidência do Equador neste domingo (13). Herdeiro da maior fortuna do país, ele continuará no cargo até 2029 com a promessa de intensificar o combate ao narcotráfico.

Bastidores da Política - Moraes repete Sérgio Moro. No espelho, são iguais

Bastidores da Política
Moraes repete Sérgio Moro. No espelho, são iguais

Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Paraguai e Guatemala foram alguns dos países que reconheceram a vitória. A Venezuela do ditador Nicolás Maduro, por sua vez, fez coro às acusações lançadas pela candidata derrotada, Luisa González, de esquerda, de que houve fraude na disputa.

Em nota sucinta e protocolar divulgada na noite desta segunda (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu que o Brasil continuará trabalhando com o Equador "em defesa do multilateralismo, pela integração sul-americana e o desenvolvimento sustentável da Amazônia". "Saúdo o povo equatoriano e o presidente reeleito, Daniel Noboa, pelas eleições."

Entre os primeiros a se pronunciar, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou Noboa de "um grande líder para o maravilhoso povo do Equador". Considerado um dos principais aliados americanos na região, Noboa é herdeiro de um magnata cujo império provém da venda de bananas.

Ele já solicitou apoio militar a Washington e não descarta o retorno de bases militares estrangeiras ao país. Em sua rede Truth Social, Trump afirmou: "Ele não vai decepcioná-los!".

Em post no X, o presidente do Chile, Gabriel Boric, destacou a participação democrática dos equatorianos nas urnas. Ele parabenizou Noboa por sua reeleição e reconheceu a candidatura de González "por contribuir para o fortalecimento do debate democrático com visão e coragem".

Também nesta segunda, o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, saudou o povo equatoriano e felicitou Daniel Noboa, enfatizando a importância do processo eleitoral como expressão da vontade popular.

Já o presidente do Paraguai, Santiago Peña, manifestou apoio por meio de uma conversa telefônica com Noboa, segundo publicou em sua conta oficial. Ele reafirmou a disposição do governo paraguaio de seguir cooperando com Quito.

A chancelaria argentina também se pronunciou oficialmente. Em nota publicada no X, o Ministério das Relações Exteriores felicitou Noboa por sua vitória nas urnas.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, parabenizou Noboa e reiterou seu desejo em estreitar a relação entre os países, citando o trabalho em torno da "abertura da Embaixada da Ucrânia no Equador".

Na Venezuela, a líder opositora María Corina Machado descreveu a reeleição de Noboa como "uma vitória para o Equador, para as Américas, para a liberdade e para a democracia". Em sua mensagem, declarou respeito e carinho pelo povo equatoriano e por Noboa, a quem chamou de amigo. "Seguimos avançando", escreveu.

O ditador Nicolás Maduro, por sua vez, afirmou que houve uma "fraude horrorosa e inauditável" para impor um "projeto colonialista e dominar politicamente e economicamente uma nação tornada independente e libertada por Antonio José de Sucre e Simón Bolívar", que lutaram pela independência das colônias espanholas na América Latina.