Oposição marcha na Venezuela na véspera da posse de Nicolás Maduro
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Na véspera do dia da posse presidencial na Venezuela, oposição e regime convocaram protestos pelo país para esta quinta-feira (9) que ampliam o clima de tensão em uma semana na qual a repressão já se acirrou na ditadura chavista.
Liderados por María Corina Machado, opositores prometem marchar a partir das 11h (10h locais) em Caracas e capitais estaduais. A líder hoje está clandestina, mas prometeu que irá às ruas. "Não tenho outra opção", diz ela, ameaçada de prisão pelo regime.
Enquanto isso, o ditador Nicolás Maduro acionou nesta quarta-feira (8) o que chama de Órgão de Direção de Defesa Integral, na prática o empoderamento de todas as forças de segurança, dos militares às milícias civis armadas, para atuarem em conjunto até esta quinta-feira.
Em um cenário no qual a incerteza já reina, o opositor Edmundo González, o nome que concorreu contra Maduro em 28 de julho e que teria vencido com mais de 60% dos votos segundo projetos de checagem, encontra-se na República Dominicana.
González passou também pelo Panamá, pelos Estados Unidos, pelo Uruguai e pela Argentina, todos países nos quais se encontrou com os respectivos presidentes, que lhe deram apoio e o reconheceram como presidente eleito, em um giro pelas Américas para buscar respaldo nos vizinhos.
Da ilha de Hispaniola ele promete que irá à Venezuela nesta sexta-feira (10) para tomar posse. É uma afirmação vista como fantasiosa por muitos analistas independentes, e também por questões de segurança a oposição não deu detalhes. Mas ex-presidentes da região dizem que acompanhariam González na empreitada. O regime afirma que prenderá o opositor e qualquer outro que entrar no país para esse fim.
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