O presidente da Rússia Vladimir Putin declarou cessar-fogo temporário, neste sábado (19), na guerra contra a Ucrânia. A ‘pausa’ nas ações militares tem previsão de durar 30 horas contando a partir das 18h (12h no horário de Brasília) de hoje.

"Eu ordeno que todas as ações militares sejam pausadas neste período", disse o presidente russo ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov. Putin alegou que a decisão foi tomada apenas "por motivos humanitários".

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Apesar do anúncio, Putin afirmou que as tropas estão preparadas para o caso de a Ucrânia não seguir a mesma linha da Rússia. O presidente russo também afirmou que a decisão “humanitária” deve revelar até que ponto Kiev está disposto a “respeitar os acordos, participar de processos pacíficos e contribuir para resolver as causas profundas da crise ucraniana".

"Sabemos que o regime de Kiev, como vocês me relataram, violou mais de 100 vezes os acordos de não atacar a infraestrutura energética. Por isso, peço que mantenham extrema vigilância e estejam preparados para responder de forma imediata e decisiva.", disse. 

Após o posicionamento de Putin, o presidente da Ucrânia  Volodymyr Zelensky afirmou que foram detectados drones de ataque russos. "Drones em nossos céus revelam a verdadeira atitude de Putin em relação à Páscoa e à vida humana", disse Zelensky no X (antigo Twitter).

Posteriormente, o Ministério de Defesa da Rússia reforçou que as forças da Rússia irão respeitar o cessar-fogo, porém, se houver a confirmação de trégua por parte do país ucraniano. 

Ainda neste sábado, mais de 240 militares russos foram devolvidos em troca de 246 prisioneiros de guerra das Forças Armadas da Ucrânia. Também foram devolvidos 31 prisioneiros de guerra feridos, em troca de 15 militares russos feridos.