'Quando acordei, já tinha sido resgatado', diz sobrevivente de tragédia na Coreia do Sul
No sábado (28), um trágico acidente aéreo na Coreia do Sul deixou 179 mortos, com apenas dois sobreviventes. Um deles, um comissário de bordo de 33 anos, revelou no domingo (29) que não se lembra de nada após a colisão. "Quando acordei, já havia sido resgatado", disse ele à equipe médica do hospital de Seul onde está internado, segundo a agência Yonhap.
A identidade do sobrevivente não foi divulgada pelas autoridades. Ele e outra comissária de bordo foram os únicos a escaparem com vida após a explosão do voo da Jeju Air. A aeronave, um Boeing 737-800, aterrissou sem trem de pouso no Aeroporto Internacional de Muan, no sudeste do país. Ambos sofreram ferimentos graves: ele está internado na UTI do Hospital Universitário da Universidade Feminina de Ewha, em Seul, após múltiplas fraturas, enquanto ela, com lesões no tornozelo e na cabeça, está em condição estável no Centro Médico Asan.
Ainda não há uma explicação definitiva para o acidente. A principal hipótese é uma colisão com aves, pois a torre de controle havia emitido um alerta sobre revoadas na área minutos antes da tragédia. No entanto, especialistas têm levantado dúvidas sobre essa teoria, já que um impacto com pássaros dificilmente impediria o uso do trem de pouso ou causaria tamanha falha operacional. Além disso, o comportamento do avião durante a aterrissagem, a velocidade mantida e a proximidade do muro no final da pista levantam mais perguntas sobre as condições de segurança no aeroporto.
Críticas também foram direcionadas às respostas emergenciais. Não havia espuma na pista para reduzir os riscos de incêndio, e os bombeiros não estavam preparados para o pouso de emergência. Essas falhas aumentaram o debate sobre a eficácia dos protocolos de segurança e resgate em casos de acidente aéreo.
Enquanto as investigações continuam, a Coreia do Sul busca respostas para uma das maiores tragédias aéreas de sua história recente, e os sobreviventes seguem em recuperação, marcados pela gravidade do desastre.
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