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Rússia diz que assassinato do líder de Hamas é inaceitável, e Blinken pede cessar-fogo; veja repercussão

Por Folha de São Paulo

31/07/2024 8h45 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Diversos países reagiram à morte, na madrugada desta quarta-feira (31), de Ismail Haniyeh em um ataque aéreo em Teerã, onde o líder do Hamas estava para acompanhar a posse do novo presidente do Irã. Embora não tenha se manifestado, Israel foi acusado pelo país persa de ser o autor do assassinato.

A Rússia, por exemplo, alertou para possíveis consequências do ataque na região. "Trata-se de um assassinato político totalmente inaceitável que provocará uma nova escalada de tensões", disse o vice-ministro russo de Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, à agência estatal de notícias RIA Novosti.

Do outro lado do espectro político, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em um fórum em Singapura que um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde Hamas e Israel se enfrentam desde o ataque do grupo terrorista contra o Estado judeu em outubro do ano passadao, agora é "imperativo", mas não citou o assassinato.

Já a Turquia criticou o ataque. "Condenamos o assassinato do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um desprezível assassinato em Teerã", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado. "Este ataque também pretende estender a guerra em Gaza para uma dimensão regional."

A China, que apoia há décadas a causa palestina, disse estar preocupada. "Nós nos opomos firmemente e condenamos este assassinato", afirmou um porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, em uma entrevista coletiva.

O Qatar, que abrigava Haniyeh, chamou o ato de "crime atroz" e fez uma alerta contra uma "escalada perigosa" na região. Para o reino, o ataque é "uma violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O Hezbollah, por sua vez, expressou condolências após a morte de Haniyeh. O grupo armado do Líbano, que assim como o Hamas é apoiado pelo Irã, não acusou especificamente Israel, mas afirmou que isso tornará os grupos alinhados ao Irã mais determinados a confrontar Tel Aviv.

Para Moussa Abu Marzouk, funcionário de alto escalão do Hamas, o assassinato é um "ato covarde que não ficará impune", segundo a TV Al-Aqsa, administrada pelo grupo terrorista.

A Guarda Revolucionária do Irã confirmou o ataque em Teerã. "Como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados", afirmou o órgão em um comunicado no site Sepah, o portal de notícias desse ramo das forças armadas.


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